Cerca de 140 policiais, membros da Polícia do Capitólio e da Polícia Metropolitana de Washington (EUA), ficaram feridos durante a invasão ao prédio do Congresso norte-americano por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, no último dia 6 de janeiro. O número foi divulgado por um representante do sindicato dos agentes de segurança, na quarta-feira (27).
De acordo com o comunicado de Gus Papathanasiou, diretor do sindicato que representa os policiais do Capitólio, alguns dos oficiais sofreram lesões cerebrais, outro teve duas costelas fraturadas e duas vértebras esmagadas, outro corre o risco de perder um dos olhos e outro foi empalado com um pedaço de cerca de metal.
As informações foram divulgadas depois que a chefe interina da polícia legislativa, Yogananda Pittman, disse em uma reunião com um comitê de segurança da Câmara dos Representantes, que a corporação “falhou” em proteger o Capitólio da multidão que tentou invadir o prédio durante a sessão em o Congresso contava os votos do Colégio Eleitoral, que deram a vitória na eleição presidencial de 2020 a Joe Biden.
“Temos um agente que perdeu a vida como resultado direto dessa insurreição. Outro tragicamente tirou sua própria vida”, escreveu Papathanasiou. Ele questionou o posicionamento de Pittman, que tentou responsabilizar a polícia legislativa como um todo pelo problema da invasão.
Ela admitiu que o departamento sabia, dois dias antes do ataque, que membros de milícias e grupos de supremacistas brancos chegariam ao Capitólio no dia 6 para contestar a sessão, com base em acusações de fraude compartilhados e ampliados por Trump e seus correligionários.
Para o representante, a cúpula da corporação falhou com os oficiais. “Eles não compartilharam dados importantes de maneira antecipada, falharam em nos preparar adequadamente, falharam em fornecer um plano e, naquele dia, eles falharam no momento de liderar. Essa não foi uma falha de “todo o departamento”, mas uma falha de liderança”, afirmou ele.
Pittman substituiu Steven Sund, que comandava a polícia legislativa no dia do ataque e se demitiu dias. Pelo menos 100 pessoas já foram indiciadas por conta da violência.
R7