Segundo levantamento realizado pela Pulses, plataforma de gestão e engajamento, e a Vittude, plataforma de saúde mental corporativa, entre setembro de 2021 e maio de 2022, cerca de 81% dos três mil profissionais entrevistados, de níveis diversos, estão se sentindo esgotados ao fim do dia. Do total, 54% indicam frustração com o trabalho, pouco mais da metade (51%) relatam dificuldades para cumprir suas atividades e o mesmo percentual diz estar sem paciência com colegas e integrantes de suas equipes.
Foram ouvidos profissionais de startups, pequenas e médias empresas, e organizações de vários segmentos de atuação. O levantamento também mostrou que 60% dos funcionários relatam estar se sentindo sem disposição para trabalhar, e 67% sentem que precisam provar seu valor no emprego.
De acordo com André Guanabara, médico que tem se especializado nos estudos sobre a Síndrome de Burnout, a síndrome não acontece de repente, vai evoluindo de forma gradual até consumir o paciente e ocasionar na última fase que é o colapso físico e mental. “Precisamos ter cuidado com essa síndrome que, assim como a ansiedade, vem se tornando um novo mal do século e é uma porta de entrada para outras doenças. Se a pessoa está passando por situações de estresse constante, sensação de impedimento, lapsos de memória, estresse e agressividade, dificuldade de concentração, ansiedade, queda de libido, aumento do apetite por alimentos doces, baixa autoestima e mudanças de humor, o Burnout pode estar surgindo”.
Para tratar, é necessário procurar consulta com profissional, seja para tratamento farmacêutico ou para tratamento psicológico. “O tratamento por meio de um profissional com uma visão 360 da saúde humana é mais relevante para o rendimento do paciente com burnout, pois o tratamento pode ser desde o afastamento como o uso de suplementos, medicamentos e até mesmo hormônios”.