A Síndrome dos Ovários Policísticos, mais conhecida pela sigla SOP, é uma doença endócrina que atinge em torno de 5% a 10% da população feminina em idade fértil. O problema, mesmo bastante comum, ainda é pouco debatido e, por isso, setembro foi eleito o Mês de Conscientização sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos. “É fundamental que as mulheres estejam sempre observando seu corpo e ao menor sinal de que algo não está normal, procure ajuda médica. De modo geral, quanto mais cedo identificar e iniciar o tratamento adequado, melhor”, explica a médica ginecologista Dra. Graziele Reis, do IVI Salvador.
A SOP, um distúrbio hormonal muito comum, é caracterizada pela presença de muitos folículos (maior que 20) ou aumento do volume ovariano, irregularidade menstrual, ausência de menstruação por alguns meses e sinais de aumento dos hormônios masculinos, como acne, aumento de pêlo no corpo e queda de cabelo.
O diagnóstico é feito pelo exame de ultrassom transvaginal, aliado a exames de sangue para dosagem de hormônios e pela avaliação dos sintomas que a paciente apresenta. A suspeita de SOP se fundamenta em irregularidade menstrual e sinais de hiperandrogenismo, como hirsutismo, acne, aumento das concentrações séricas de testosterona total, livre ou de androstenediona. Ainda podem ser sintomas de SOP, a tendência à obesidade, sendo que o ganho de peso piora a síndrome. E também pode haver queda de cabelo e depressão.
“Diagnosticar a SOP envolve a realização de exames complementares, mas principalmente a observação dos sintomas clínicos da paciente. Por isso é tão importante que essa paciente mantenha uma regularidade de consultas e revisões com seu médico. Como alguns fatores podem ser considerados “normais” isoladamente, essa relação médico paciente pode ser a chave para identificar a doença”, explica a especialista.
Ainda não se conhece uma causa específica da síndrome do ovário policístico, mas sabe-se que metade das mulheres com essa síndrome têm problemas hormonais, como excesso de produção de insulina pelo pâncreas e o restante apresenta problemas nas glândulas hipotálamo, hipófise e adrenais, produzindo maior quantidade de hormônios masculinos. A doença é vista principalmente em mulheres com idade entre os 20 e os 40 anos, portanto, no auge da idade reprodutiva.
“Por isso as mulheres precisam investigar. Especialmente se ela tem a intenção de ser mãe. É comum que o tratamento para infertilidade em pacientes com SOP envolva mudanças no estilo de vida, como atividade física regular, dieta saudável, medicações para melhorar a resistência a insulina e algum medicamento para a indução da ovulação nas mulheres. Com isso, os números mostram que cerca de 50% a 80% das pacientes apresentam ovulação e 40% a 50% engravidam.
Assim como se trata de uma doença crônica, o tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos objetiva a melhora dos sintomas. Mulheres obesas, com pelos no rosto e no corpo e acne precisam emagrecer. Às vezes, só a perda de peso ajuda a reverter o quadro. Se não forem obesas, a atenção se volta para o controle da produção de hormônios masculinos, o que se consegue por meio de medicamentos que atuam, também, na regulação da menstruação, na redução da produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas e na diminuição do crescimento de pelos.
Sobre o IVI – RMANJ
IVI nasceu em 1990 como a primeira instituição médica em Espanha especializada inteiramente em reprodução humana. Desde então, ajudou a criar mais de 250.000 crianças, graças à aplicação das mais recentes tecnologias em Reprodução Assistida. No início de 2017, a IVI fundiu-se com a RMANJ, tornando-se o maior grupo de Reprodução Assistida do mundo. Atualmente são em torno de 80 clínicas em 9 países e 7 centros de pesquisa em todo o mundo, sendo líder em Medicina Reprodutiva. Em 2022, a unidade IVI Salvador completa 12 anos. https://ivi.es/ – http://www.rmanj.com/