Ainda restritas a com inúmeras limitações para serem acessadas, as linhas de crédito disponíveis para os consumidores no mercado financeiro nacional devem seguir escassas até o início de 2018.
A economista-chefe do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), Marcela Kawauti, destaca que a mudança no setor depende da queda do desemprego, que é o último indicador reagir após a retomada econômica. Por isso, ela avalia que o acesso aos financiamentos não vai melhorar já neste segundo semestre de 2017.
— Até que o brasileiro tenha dinheiro no bolso e o risco de inadimplência caia significativamente, vai demorar um pouco. Esse acesso ao crédito deve ainda demorar para ganhar força.
O consultor econômico da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), Nicola Tingas, prevê que a concessão de crédito será retomada somente após o fim da crise política envolvendo o presidente Michel Temer.
Tingas avalia que, independentemente da resolução tomada pelo Congresso, o ambiente econômico vai passar a ser menos incerto e possibilitar uma previsibilidade maior aos agentes financeiros.
— Eu acho que as condições são favoráveis, mas uma recuperação econômica depois de uma crise dantesca como está realmente é lenta porque o capital produtivo sofreu perdas enormes e ainda está muito endividado.
R7