Onze vezes campeão mundial de surfe, o norte-americano Kelly Slater está de volta ao Circuito Mundial na etapa do Havaí. O título deste ano está sendo disputado entre o havaiano John John Florence, líder do ranking, e o brasileiro Gabriel Medina, vice-líder. Para Slater, que venceu sete edições de Pipeline, a pressão para ser campeão está com Florence, já que Medina teve um início de temporada irregular e se credenciou à disputa na reta final.
“Ele estava praticamente fora da disputa pelo título e aí ele foi melhor do que qualquer outra pessoa no mundo poderia. Se ele vencer aqui e garantir o título, é algo compatível com um campeão mundial. Eu acho que ele tem que colocar na cabeça que ele tem uma pressão, isso deve mantê-lo focado, mas, por outro lado, ele não tem pressão, porque ele nem deveria estar nessa posição. Ele teve uma perna europeia tão boa, ganhou o evento na piscina de ondas. Acho que Tom Curren é o único na história que já venceu quatro eventos seguidos no Tour… Eu sei que no caso do Gabriel, uma das vitórias não foi no Tour, mas acho que ele devia encarar dessa forma: eu atingi o auge”, analisou. “Nesse sentido, a pressão está no John, porque se o Gabriel “roubar” esse título, cara, seria uma coisa enorme na rivalidade deles. Eu estou contente por serem eles dois. Estou contente por vê-los se enfrentando”, completou.
Por causa de uma lesão no pé, Kelly Slater ficou afastado do Circuito por cinco meses. Na estreia em Pipeline na atual temporada, ele venceu a bateria ao somar 12,47 pontos contra 11,90 do francês Joan Duru e 7,60 do compatriota Kolohe Andino. Para esta disputa entre Medina e Florence, Slater espera ser o fiel da balança na decisão do título mundial.
“Secretamente, eu espero ser (o fiel da balança). Eu encontrei o Charles (Saldanha, pai e treinador de Medina), outro dia, e ele disse “cara, eu preciso de você, nós precisamos de você”. E eu disse “eu posso ser seu inimigo ou seu amigo, vamos ver”. Mas eu espero estar lá, no fim. Quero disputar essa final, e eu espero que seja contra um desses dois caras”, declarou.
Florence venceu sua bateria na primeira fase do torneio. O havaiano anotou 13,50 pontos batendo Dusty Payne, também do Havaí, com 6,83 e o brasileiro Wiggolly Dantas que somou 5,63. Já Medina, com a pontuação de 12,43, foi para repescagem ao ser superado pelo compatriota e amigo Miguel Pupo, que venceu a bateria com 14,83. O havaiano Benji Brand somou 12,64, ficando em segundo. O brasileiro agora vai encarar Dusty Payne, também do Havaí, na repescagem. Para ser bicampeão, Gabriel precisa vencer a etapa do Havaí e torcer para que John John Florence fique em terceiro. Outra combinação seria Medina ficar em segundo e Florence em nono. E, ainda, o brasileiro ser o quinto e o havaiano termine no 13º. Já Florence leva o seu segundo caneco se ficar em segundo na etapa.
Nesta terça-feira (12), haverá uma nova chamada, às 14h30 da Bahia, para retomar as disputas da nona bateria da primeira fase que foram paralisadas pela WSL.
Bahia Notícias