A perda de mais de 860 mil postos de trabalho com carteira assinada no Brasil ao longo de abril fez com que apenas 919 (16,5%) dos 5.570 municípios brasileiros fechassem o mês com um volume maior de contratações do que demissões.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2020, os desligamentos superam as admissões em 3.263 (58,6%) das cidades do País. No período, foram fechados 763.232 postos formais de trabalho, com 4.999.981 contratações e 5.763.213 demissões.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério da Economia, revelam um impacto real das medidas de isolamento social adotadas em decorrência da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho formal.
O principal destaque positivo de abril ficou por conta da cidade de Pontal (SP), onde foram realizadas 1.364 contratações e apenas 109 desligamentos no período. Na sequência, aparecem Medeiros Neto (BA), Paracatu (MG), Goianésia (GO) e Matelândia (PR), com saldo de 830, 815, 741 e 657 admissões formais no mês passado.
Em fevereiro, primeiro mês antes da adoção do isolamento social, 60% (3.3447) dos municípios nacionais apresentaram contratações maiores do que as demissões.
Capitais
Os dados do Caged permitem ainda detectar que 36,2% (311.611) de todos os cortes de vagas com carteira assinada de abril ocorreram nas capitais brasileiras, das quais apenas Rio Branco (AC) somou um saldo positivo, com somente duas contratações a mais do que as demissões.
As capitais representam ainda 10 das 11 localidades com mais demissões do que contratações, com destaque negativo para São Paulo (-98.161 postos), Rio de Janeiro (-45.475) e Belo Horizonte (-20.994), todas situadas na região Sudeste.
Na sequência, aparecem Curitiba (PR), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS), onde os desligamentos superaram as admissões e fecharam abril com saldos negativos de 18.359, 15.340, 15.308 e 12.630, respectivamente.
Na outra ponta da lista de desligamentos formais nas capitais, figuram Macapá (SP) e Boa Vista (RR), que tiveram menos de 1.000 demissões a mais do que contratações.
R7