Com mais de 8.600 casos de sarampo confirmados apenas no estado de São Paulo, entre janeiro e a metade de outubro, a melhor maneira de se proteger contra a doença é tomar a vacina. Apesar disso, em alguns casos, a imunização é contraindicada. Mas existem alternativas para se proteger.
Por conter vírus enfraquecidos do sarampo e também de caxumba e rubéola, no caso da tríplice viral, a vacina é contraindicada para quem está com a imunidade baixa — pessoas que fazem quimioterapia ou radioterapia, por exemplo – e gestantes, pelo risco de transmitir o vírus da doença para o feto.
O infectologista Carlos Fortaleza, da Sociedade Paulista de Infectologia, faz um alerta para quem se encaixa nessas situações e não foi previamente imunizado: “O recomendado é evitar lugares com grandes aglomerações”, afirma.
Entretanto, caso a pessoa já tenha tido contato com alguém infectado pelo vírus, ela pode se proteger por meio de um soro feito com anticorpos de pessoas já vacinadas contra várias doenças, inclusive o sarampo, ele recebe o nome científico de “imunoglobulina humana hiperimune”.
“Não é uma proteção 100%, mas reduz o risco de ter sarampo”, explica Fortaleza.
De acordo com o especialista, o soro deve ser aplicado em até 96 horas após o contato com o vírus do sarampo. “Quanto mais cedo a prevenção, melhor, mas depois desse período ele é muito pouco eficaz”, ressalta.
Segundo Helena Sato, diretora do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, se houver um caso suspeito de sarampo em festas, voos e locais de reunião de pessoas – como ocorreu em um teatro de Florianópolis –, a empresa responsável pelo evento deve informar ao serviço de saúde do município.
“É responsabilidade da companhia aérea ou de quem está organizando a festa, por exemplo, fazer a notificação”, afirma.
“A partir disso, o serviço de saúde vai tomar todas as medidas necessárias para investigar o caso e realizar a prevenção”, esclarece Sato.
A campanha nacional de vacinação contra o sarampo vai até esta sexta-feira (25) e é destinada para crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade. Mas a vacina está disponível nos postos de saúde para toda a população.
Pessoas que têm entre 1 e 29 anos devem ter duas doses da vacina. Quem tem entre 30 e 59 anos precisa de apenas uma dose, já idosos com 60 anos ou mais não precisam ser vacinados, pois nessa faixa etária todos já tiveram a doença em algum momento da vida, de acordo com Helena.
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