Entre janeiro de 2002, quando iniciou a divulgação dos dados estatísticos de criminalidade pelo governo de São Paulo, até junho deste ano, que são os números mais atuais, houve 101.306 homicídios dolosos (quando há intenção de matar) no Estado.
Conforme os dados oficiais, o pior ano foi 2002, o primeiro da série, com 12.535 homicídios dolosos. O ano seguinte foi o segundo pior: 11.512 pessoas assassinadas. E seguiu a tendência de queda até 2009, quando houve a primeira alta no indicador (passando de 4.696 em 2008 para 4.785).
De 2008 a 2014, apenas o ano de 2012 não ficou na casa dos quatro mil homicídios anuais — naquele ano houve 5.209 assassinatos. De 2015 até o ano passado, o número está em queda na casa dos três mil homicídios dolosos por ano.
No primeiro semestre deste ano, São Paulo teve 1.441 pessoas assassinadas, de acordo com os dados oficiais da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) divulgados nesta quinta-feira (25). O número representa oito mortos por dia.
A quantidade de vítimas entre janeiro e junho é a menor para o período desde o início da série histórica. A secretaria divulga mensalmente as estatísticas criminais e, diferentemente das gestões anteriores, o governo João Doria (PSDB) não concede entrevista à imprensa na divulgação dos números.
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) diz que os dados são divulgados na internet e “a pasta permanece à disposição da imprensa para o esclarecimento de dúvidas ou mais informações”.
É o sexto ano seguido que o número de vítimas de homicídios dolosos cai no primeiro semestre do ano. Entre janeiro e junho do ano passado, 1.570 pessoas foram assassinadas.
Em nota publicada no site, a pasta destacou o recorde na série histórica e informou ainda que “o trabalho realizado pelas três polícias estaduais de janeiro a junho deste ano resultou em 100.124 prisões”. E disse que a quantidade representa aumento de 6% no período.
Outros crimes
Os registros de estupros também estão em queda no Estado de São Paulo. No primeiro semestre deste ano houve 5.960 notificaçõe do crime sexual, enquanto no mesmo período do ano passado foram 6.110 (2,5% a mais).
Do total de registros de estupros no primeiro semestre deste ano, 69,6% (866 casos denunciados) foram contra vulneráveis. Essa tipificação é feita pela SSP-SP desde setembro do ano passado
O Código Penal prevê que estupro de vulnerável é o sexo com menores de 14 anos ou “com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”.
A tipificação do crime de estupro foi alterada com a lei n° 12.015, de 2009. Os crimes de atentado violento ao pudor foram revogados, juntando ao de estupro e substituindo o conceito de presunção de violência pelo de estupro de vulnerável.
Entre janeiro e junho deste ano também houve 90 vítimas de latrocínios (roubo seguido de morte) em São Paulo. O número também é o menor da série histórica, de acordo com os dados de SSP-SP. No mesmo período do ano passado houve 136 latrocínios.
O R7 pediu para a SSP-SP se posicionar sobre o número de vítimas de homicídios na série histórica. Ainda não houve retorno da pasta.
R7