A diferença é ainda maior na capital, onde foi registrada queda de 20% em relação às ocorrências de roubo e diminuição de 19% dos furtos praticados. Muita gente ficou em casa, o que pode ter refletido nos números da violência no período.
“O crime acontece, porque as pessoas estão nas ruas e a economia está girando. Diante dessa parada, dessa diminuição da atividade econômica, você acaba tendo mesmo uma menor incidência criminal”, analisa Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Nos índices criminais que não estão relacionados diretamente à circulação de pessoas nas ruas, como os homicídios, os números mostraram um comportamento diferente. No Estado de São Paulo, houve diminuição de 11% em relação ao mesmo período de 2017; na capital, as ocorrências aumentaram 91%.
Para Alcadipani, uma das hipóteses para o aumento é o conflito interpessoal, já que essa é a causa de um terço dos homicídios praticados. “Maior incidência das pessoas dentro de casa é maior chance do conflito interpessoal”, afirma.
Dados
A Secretaria da Segurança Pública divulga apenas os dados oficiais de criminalidade trimestralmente. Entre janeiro e abril de 2018, foram registradas 46.663 ocorrências de roubo, 69.437 de furto e 244 pessoas foram assassinadas no Estado.
R7