O estado de São Paulo voltou à fase vermelha do plano de flexibilização econômica nesta segunda-feira (12), após passar 28 dias na etapa emergencial. A medida se estende até o dia 18 de abril. A decisão é baseada principalmente na diminuição do número de internações em leitos de enfermaria e UTI.
De acordo com a administração estadual, a atual fase vermelha sofreu algumas modificações para incluir medidas previstas na etapa emergencial.
Estão mantidos o toque de recolher das 20h às 5h, a restrição de atendimento presencial em todos os serviços essenciais e haverá reforço da fiscalização sobre eventos e aglomerações. A recomendação para o escalonamento na entrada e saída de trabalhadores da indústria, serviços e comércio continua válida, assim como a obrigatoriedade do teletrabalho e a proibição de celebrações religiosas.
Na atual vigência da fase vermelha, o governo permitiu a realização de campeonatos esportivos profissionais após 20h.
No comércio e alimentação, fica permitida a retirada de produtos em shoppings, comércio e restaurantes. No comércio de material de construção, haverá permissão para o funcionamento de lojas de materia de construção civil.
A secretária de Desenvolvimento Regional, Patrícia Ellen, explicou o funcionamento da fase vermelha para o setor do comércio. “Ficam permitidos os modelo de entrega, drive-thru e ida até o local. A retirada vale para lojas, bares e restaurantes e padarias e todos os locais que envolvem fluxo de mercadorias”, afirmou. No shoppings, as lojas poderão somente se organizar para entregar os produtos aos clientes. A entrada e permanência no interior das lojas está proibida nessa fase.
Na educação, nas redes estadual, municipal e privadas, não haverá obrigatoriedade da presença dos estudantes. Para a rede estadual, as escolas estarão abertas para aulas presenciais no dia 14 de abril. O limite de presença de alunos continua em 35% da taxa de ocupação.
“Tivemos ao longo das últimas semanas avanços importantes. Além da vacinação, em três meses mais de 6.521 leitos foram abertos, seguimos as medidas de distanciamento e isolamento social. Temos tido um resultado completo sobre as medidas”, afirmou Rodrigo Garcia.
O isolamento social, exlicou Garcia, fez com que houvesse uma diminuição nas internações de 17,7%. “A queda nas internações nos permite das passos adiante aqui dem São Paulo. Aprendemos com a fase emergencial e devemos manter esse aprendizado. No dia 7 de março, tivemos o início da fase vermelha e 14 dias depois tivemos um efeito muito prático com o início da desaceleração da taxa de crescimento”, disse o vice-governador.
O secretário estadual de saúde Jean Gorinchteyn divulgou as taxas de ocupação de UTI no Estado, que ficou em 88,2%, e na Grande São Paulo, que está em 87,3%. “Possivelmente no final do mês, entre abril e maio, poderemos ter indicadores que nos permitam avançar para uma fase laranja”, afirmou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus.
“Saímos da emergencial para a vermelha, mas incorporamos várias recomendações que não faziam parte delas”, afirmou João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência de Covid-19 em São Paulo. “Temos redução no número de casos e internações, mas ainda não temos redução no número de óbitos. Nossa previsão é que isso só deve acontecer a partir do dia 15 de maio. Não entendemos que isso vá colocar o que tivermos de benefício em risco.”
Confira o que muda com o avanço para a fase vermelha em SP
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R7