O STF (Supremo Tribunal Federal) solicitou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no último dia 30, a reserva de sete mil doses da vacina contra o novo coronavírus para imunizar funcionários da Suprema Corte e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O documento é assinado pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho. Ele justifica o pedido por funcionários do STJ e CNJ desempenharem papel fundamental no país e que “têm entre suas autoridades uma parcela considerável de pessoas classificadas em grupos de risco”.
“Tal ação tem dois objetivos principais. O primeiro é a imunização do maior número possível de trabalhadores de ambas as casas, que desempenham papel fundamental no país e têm entre suas autoridades e colaboradores uma parcela considerável de pessoas classificadas em grupos de risco”, afirma Filho.
“Adicionalmente, entendemos que a realização da campanha por este Tribunal é uma forma de contribuir com o país nesse momento tão crítico da nossa história, pois ajudará a acelerar o processo de imunização da população e permitirá a destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas, colaborando assim com a Política Nacional de Imunização”, acrescenta.
A reportagem questionou se o órgão já recebeu alguma resposta da Fiocruz, mas não obteve resposta. Caso a reserva de sete mil doses de vacina seja efetivada, isso pode significar, na prática, que outros grupos prioritários sejam prejudicados.
No documento, o diretor-geral do STF diz ainda que, caso a reserva seja feita, funcionário da SIS (Secretaria de Serviços Integrados de Saúde) pode retirar as doses da vacina nas dependências da Fiocruz, no Rio de Janeiro.