O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, apoia o projeto de lei em tramitação na Câmara de Vereadores que autoriza o uso de armas não letais por agentes de trânsito na capital baiana. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (2), ele argumentou que a medida pode contribuir para a diminuição do número de casos de agressão contra funcionários da Transalvador. Preferindo usar o termo “equipamentos de defesa pessoal” em vez de “armas não letais”, ele disse que em Brasília, por exemplo, o resultado da iniciativa foi positivo. “Todo agente deve ter equipamentos de proteção pessoal para poder se defender em casos de agressão”, afirmou Muller. Ele citou tonfas (espécie de cassetete) e spray de pimenta como exemplos de equipamentos que poderiam ser usados por agentes da Transalvador. Segundo ele, o fato do agente portar esse tipo de objeto ajuda o motorista a “manter mais a calma e não ser agressivo com o agente, sabendo que ele está preparado para uma reação”. Muller também ressaltou que não acredita que o acesso a armas não letais pode aumentar os casos de uso de força excessiva por agentes da Transavador, como aconteceu no final de abril com um repórter fotográfico do jornal Correio. “Acontecem muito mais registros de agressão a agentes de trânsito do que o contrário. Muito mais”, assegurou o superintendente. Ele destacou ainda que todos os casos de agressão cometidos por agentes são investigados pelo órgão. Funcionários da Transalvador protestaram nesta quarta pedindo melhores condições de segurança para trabalhar. Entre as demandas deles, está a aprovação do projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores e autoriza o uso de armas não letais. O autor da proposta e atual presidente da Casa, Leo Prates, afirmou que o Colégio de Líderes vai decidir na próxima semana se vai colocar a proposta em votação.