A Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal (STF) informou, por meio de nota, na noite desta terça-feira, 27, que autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.
A presidência do STF reforçou um pedido para que a Diretoria Geral da Corte examine e tome providências para aumento de número de seguranças para a família do ministro em Curitiba, conforme por ele solicitado.
Na nota, a Secretaria de Comunicação Social da Corte informa que também autorizou que o uso de segurança do ministro em Curitiba possa deslocar-se também para acompanhamento de familiares por ele indicados.
Em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, Fachin relatou estar sofrendo ameaças, dirigidas a ele e a sua família.
“Uma das preocupações que tenho não é só com julgamento, mas também com segurança de membros de minha família”, afirmou o ministro. Fachin completou dizendo também ser alvo de intimidações.
A presidência ainda solicitou à Polícia Federal que duas delegadas especializadas em segurança sejam deslocadas para Curitiba. A medida busca verificar quais as melhores e mais eficazes providências deveriam ser tomadas para casos de magistrados ameaçados no País.
Também foi encaminhado um ofício indagando a todos os ministros do STF sobre a necessidade de alteração ou aumento do número de agentes de segurança “para, se for o caso, a tomada das providências cabíveis”. Até a conclusão desta matéria, nenhum ministro havia feito esta solicitação, de acordo com a assessoria do Supremo.
Teori Zavascki
O filho de Teori Zavascki, Francisco Prehn Zavascki, disse suspeitar de que seu pai, que era o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal e morreu em janeiro do ano passado em acidente aéreo no litoral sul do Rio de janeiro em circunstâncias desconhecidas, tenha sido assassinado. Francisco fez uma postagem em sua rede social, mas apagou a publicação em seguida.
“Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo? O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão aflito com o ano de 2017. Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!”, escreveu Francisco Zavascki.
Ainda segundo o filho de Teori, que morreu às vésperas de homologar as delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht, a ordem sempre foi para “barrar a Lava Jato” e o PMDB passou a fazer fortes críticas a Dilma Rousseff a partir do momento em que ficou evidente que o PT, partido da ex-presidente, “nunca tentou nada para barrar a Lava Jato”, afirma Francisco.
Do Jornal do Brasil