A Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu hoje (9) o proprietário da JJ Invest, empresa responsável pelo maior esquema de pirâmide financeira do Brasil. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, a estimativa, com base nas investigações, é de que “a gestora de investimentos tenha provocado prejuízo de R$ 170 milhões a mais de 3 mil vítimas”.
Depois de semanas de investigação e de diligências, o empresário foi preso na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal. As informações obtidas pela delegacia indicam que a operadora de investimentos oferecia às vítimas um lucro de 10% a 15% por mês com a intenção de aumentar o número de clientes e, em consequência, os lucros.
Conforme a secretaria, a JJ Invest ficou conhecida no cenário nacional após patrocinar times de futebol e jogadores. Entre os investidores na pirâmide, segundo a Polícia Civil, há artistas e ex-atletas, que perderam muito dinheiro. “Em um dos inquéritos investigados na Delegacia de Defraudações, onde foram ouvidas cerca de 60 vítimas, calcula-se um prejuízo de aproximadamente R$ 30 milhões”, informou.
As investigações apontaram ainda que existem processos contra a empresa em São Paulo, Maranhão, Recife, Ceará e outros estados. “Somente no Rio de Janeiro, o proprietário da empresa responde a mais de 30 inquéritos. Além disso, diversas vítimas entraram na Justiça contra a empresa”, disse, acrescentando, que oito pessoas envolvidas que obtiveram lucro com a pirâmide financeira também foram indiciadas.
Pirâmide
O esquema de pirâmide financeira, proibido no Brasil, funciona da seguinte forma: para captar novos clientes, no caso, investidores, uma instituição financeira oferece taxas de retorno dos investimentos acima das praticadas pelo mercado. O dinheiro dos novos clientes serve para remunerar os antigos, até chegar ao ponto em que não se consegue captar novos clientes. Assim, os últimos investidores acabam sendo lesados
Agência Brasil