Um dos suspeitos de participar da ação que terminou com a morte do jovem Wagner Santana Bispo da Silva, 19 anos, foi preso na tarde de segunda-feira (25), no bairro de Mussurunga, em Salvador. A vítima foi morta no sábado (23), enquanto participava de uma festa na a família na Boca do Rio.
Wagner foi atingido por uma bala perdida, após integrantes de facções criminosas entrarem em confronto na localidade. O corpo dele foi enterrado no Cemitério Municipal de Brotas, sob forte comoção na tarde de segunda. Amigos e familiares protestaram e pediram justiça.
A vítima trabalhava em um lava a jato e uma padaria. Ele pretendia servir o exército, mas teve o futuro interrompido. De acordo com o major Macêdo, da 39º Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), o suspeito preso por envolvimento na morte de Wagner foi encontrado armado.
“Fizemos umas incursões lá e conseguimos capturar duas armas e dois elementos. Um deles é suspeito de ter participado da morte de Wagner”, disse.
O caso é investigado pela Polícia Civil e outros suspeitos do crime também estão sendo procurados.
Enterro da vítima
O enterro do corpo da vítima foi acompanhado por familiares e amigos. O chefe de Wagner no lava a jato, Ricardo Mangueira, contou que o jovem era um funcionário dedicado e mantinha boa relação com a clientela.
“Era uma pessoa extremamente boa. Se pedia um favor, ele fazia. Não tinha inimizade com ninguém. Trabalhava bem, todo mundo gostava dele lá no trabalho. Era uma pessoa ótima”, disse.
Desolado, um primo da vítima falou sobre o momento em que começou o tiroteio em que Wagner acabou baleado.
“A gente estava na rua, curtindo e bebendo. Foi na hora que começou os tiros. Eu corri e quando olhei para trás, ele já não estava mais perto de mim. Quando eu fui ver, meu primo estava no chão, já. Meu primo já estava no chão, morto”, disse ele, emocionado.
Uma das tias de Wagner, Mara Santana, falou sobre o comportamento do jovem e disse que ele era muito querido pela família.
“Ele era um menino inocente, não mexia com ninguém, trabalhador. Desde pequenininho ajudava a mãe dele. Agora a gente perdeu uma pessoa querida na família, muito amada por todos”, disse Mara.
Outra tia da vítima, Rilma Santos, lembrou a situação com indignação.
“Não pode ficar numa porta de casa, porque daqui a pouco chega eles [traficantes]. Aí tem que sair correndo. Sábado mesmo, eu estava na porta da minha casa e passa o cara com a arma. Eu não tive reação nem para levantar”, falou Rilma.
G1