O centro de visitantes da Fundação Projeto Tamar, em Aracaju, Sergipe, ganhou uma moradora ilustre: uma tartaruga albina da espécie cabeçuda. O público que passar pelo local vai poder conhecer o animal que desembarcou em terras sergipanas no dia 02 de março, deste ano. Ele tem seis anos, mede 66 centímetros e pesa 32 quilos.
A albina nasceu em São Francisco de Itabapoana, no Rio de Janeiro, em um ninho encontrado na Praia do Gargaú. Era um dos oito albinos do total de 118 filhotes nascidos. Do Rio, ela foi transferida para a base da Fundação Projeto Tamar em Ubatuba, São Paulo, e, por fim, trazida para Aracaju onde ganhou um novo lar. Desde que chegou ao centro de visitantes, a tartaruga cresceu um centímetro e tem despertado a curiosidade das pessoas: “Todos se encantam com as particularidades dela”, destaca o biólogo Rauber Garcia.
“O albinismo é um fenômeno raro em tartarugas marinhas, que, como qualquer outra espécie animal, podem nascer com a falta de pigmentação causada por fatores genéticos. Estima-se que apenas um em cada mil filhotes nascidos sobrevivam até a idade adulta, no ciclo de vida das tartarugas marinhas. Isto acontece de forma natural, já que os pequenos filhotes de tartarugas marinhas, que nascem com cerca de 5 centímetros de comprimento de casco, servem de alimento para uma grande diversidade de animais, como caranguejos, polvos, aves marinhas e peixes. No caso dos filhotes albinos, esta probabilidade de sobrevivência na natureza é ainda menor, já que a falta de coloração o torna um alvo fácil para predadores, aumentando as chances de serem atacados logo nos primeiros dias de vida”, pontua Garcia.
Mas a nova habitante do centro de visitantes da Tamar, em Aracaju, vai ter cuidados especiais para ter uma vida longa e assim poder ser estudada, o que vai contribuir para um maior entendimento sobre o albinismo nas tartarugas nesta espécie.
Importante lembrar que a Fundação Projeto Tamar, que tem o patrocínio oficial da Petrobras, reabriu seus Centros de Visitantes seguindo todas as normas sanitárias estabelecidas pelos órgãos competentes a fim de garantir uma visita segura.
Em Aracaju/SE, o Centro de Visitantes está localizado na orla de Atalaia e funciona diariamente às segundas das 10 às 18h e de terça a domingo das 09 às 21h.
Sobre o Tamar:
Sobre a Fundação Projeto Tamar: O Projeto Tamar começou a proteger as tartarugas marinhas no Brasil em 1980. A Fundação Projeto Tamar executa a maior parte das ações descritas no Plano de Ação Nacional para a Conservação das Tartarugas Marinhas (PAN). A Petrobras é a patrocinadora oficial da Fundação Projeto Tamar, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A Fundação Projeto Tamar trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no país, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). O projeto protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 23 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina.