A taxa de desocupação no Brasil subiu pelo 7º trimestre seguido e atingiu a marca de 11,8% da população brasileira de 14 anos ou mais aptas a trabalhar. A taxa representa a maior já registrada desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
Os dados constam da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) referente ao 3º trimestre de 2016, divulgada nesta terça-feira (22).
O percentual representa um contingente de 12 milhões de pessoas sem trabalho no terceiro trimestre, contra 11,586 milhões registrados no segundo trimestre de 2016. No final do segundo trimestre, a taxa de desemprego estava em 11,3%.
O principal alvo do desemprego no País são jovens com idades entre 18 e 24 anos: um em cada quatro nesta faixa etária estão sem emprego.
O nível de instrução também interfere no emprego: a desocupação é maior entre aqueles que tem o ensino médio incompleto (21,4%).
Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 14,4%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (5,8%).
Entre os brasileiros ocupados, a maioria é formada por homens (57,2% do total) e tem de 25 a 59 anos (78,5% do total). Quanto ao salário, a remuneração média mensal no Brasil foi de R$ 2.015 no 3º trimestre considerando todos os trabalhadores com 14 anos de idade ou mais. O valor representa uma leve alta em relação aos R$ 1.997 registrados no 2º trimestre de 2016.
Mal aproveitados
O IBGE também mede a quantidade de brasileiros mal aproveitados no mercado de trabalho, cálculo que considera a taxa de desocupação, taxa de desocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial.
Ao todo, esse somatório é de 22,9 milhões de pessoas — o que corresponde a 21,2% do total de trabalhadores.
R7