O teatro baiano perdeu uma guerreira. A atriz, diretora, roteirista e preparadora corporal, Nadja Turenkko, lutava contra um linfoma em São Paulo, onde residia. A morte foi anunciada na manhã desta segunda-feira 19. A Fundação Cultural do Estado da Bahia e a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, lamentam profundamente a morte da estimada artista, formada em Mímica Corporal Dramática pela École de Mime Corporel Dramatique, de Paris, e membro da companhia Theatre de L’Ange Fou, radicada em Londres.
Nascida em Belém, com 54 anos e casada, Nadja teve formação e atuação na França, em Salvador e em São Paulo. Em seu currículo figuram mais de 32 espetáculos, três longas, dois curtas-metragens e seriado de tevê. Ganhadora do Prêmio Braskem de Revelação como diretora (Clarices), ganhou ainda melhor direção no Festival de Guaramiranga e foi destaque de Crítica no Festival de Curitiba com a direção de Três Mulheres e Aparecida. Ela atuou e idealizou O Banquete de Alice (direção de Elisa Mendes), primeiro espetáculo brasileiro com a utilização da Mímica Corporal Dramática (1995) com o qual teve indicação para o prêmio de Melhor Atriz.
A artista atuou nos filmes Três Histórias Da Bahia, Jardim das Folhas Sagradas, Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha. Foi atriz e co-produtora do curta – metragem Horizonte Vertical, dirigido por Lula Oliveira. Participou do Pólo de Teledramaturgia da Bahia, (episódio Bêbado em Cama Alheia). Foi professora da Escola de Teatro da Ufba de Mímica Corporal Dramática, da SP Escola de Teatro, em São Paulo, e também ministrava cursos livres no Brasil desde 1995.
Dirigiu em Salvador Ensaio de Casamento (2012), com Maria Marighella e Wanderley Meira. Fez parte do elenco do espetáculo Estranho Familiar, ao lado de André Guerreiro Lopes, com direção dele e de Djin Sganzerla. Em Nunca Nade Sozinho Nadja atuou como diretora e atriz.
O velório será hoje, no cemitério da Vila Mariana – rua batista Caetano, 300, Vila Mariana – São Paulo. A partir das 15:30h e haverá uma cerimônia às 19h.