Pessoas idosas estão mais conectada no Brasil
A terceira idade é ativa e presente no universo digital. Atualmente os recursos tecnológicos vêm sendo cada vez mais acessados pelas pessoas idosas seja para o acesso às mídias sociais ou mesmo para reuniões de trabalho, aulas à distância ou para acessar sites informativos e noticiosos, o fato é que o envelhecimento saudável passa não apenas por questões de saúde, autonomia e autoestima, mas também por inclusão digital.
A população mundial de idosos tem tido um crescimento significativo, cerca de 3% nos últimos anos, e deve chegar a 1,4 bilhão em 2030, de acordo com a ONU. Se pensarmos no Brasil, já temos 13% de idosos que representam cerca de 29 milhões de pessoas. Por outro lado, a população brasileira está mais conectada e já alcança 82,7% dos lares com algum acesso à internet, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada em 2019, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando se traz essa realidade ao momento atual de pandemia e das limitações de circulação, a utilização de canais e ferramentas digitais, se torna ainda mais importante. Além de minimizar o distanciamento físico, manter contato com familiares e amigos; atua também no desenvolvimento de novas aprendizagens e habilidades. “O envelhecimento ativo, conforme preconizado pela OMS, implica em ações nas áreas de saúde, participação e segurança. As tecnologias são meios facilitadores desses processos, seja por ampliarem o acesso à saúde, por complementarem as condições físicas (tecnologias assistidas) e, principalmente, por possibilitarem acesso a novos conhecimentos e à participação”, informa Maria Isabel Carvalho, uma das idealizadoras da Inventividade – projeto que traz um novo olhar a respeito do processo de envelhecer.
Para o pedagogo e especialista em gerontologia, Ricardo Temóteo, o empenho da pessoa idosa em aprender a usar as tecnologias digitais de acordo com os seus interesses e necessidades é fundamental para o seu desenvolvimento como ser humano. “É um caminho para a conquista de mais autonomia, acreditando que é capaz de aprender, no seu ritmo, a partir de estudo e prática. E essa caminhada se dará ao longo da vida”, pontua.
Ricardo Temóteo facilita o aprendizado de tecnologias digitais desde 1997 na Universidade Sem Fronteiras e trabalha diretamente na inclusão digital de idosos de baixa renda no Instituto Ser Amado, é o criador do método Néctar de Inclusão Digital, autor de livros didáticos e já representou o Brasil internacionalmente na temática. Ricardo abordará mais sobre este tema no dia 29 de setembro, quarta-feira, no I Encontro Inventividade que apresenta a discussão “O que você quer ser quando envelhecer?” nos seus três dias de evento.
A Inventividade
A palavra por si só é feminina e tem o intuito de unir a idade com a criatividade. Escolhido por Maria Isabel, o nome surgiu com a construção do site, em abril do ano passado quando Gabi Harrison, Maria Isabel Carvalho, Ana Claudia Freitas e Jane Carvalho se juntaram e viram a necessidade de criar um espaço que mostrasse os processos e ações voltadas às pessoas com idade acima dos 55 anos e que despertasse nos diversos segmentos da sociedade um novo olhar a respeito do processo de envelhecer.
A iniciativa surgiu em meio à pandemia possibilita a criação e difusão de saberes nas mídias sociais através da publicação de conteúdos em vídeos e textos, além de dicas sobre tecnologia, depoimentos de pessoas idosas, compartilhamento de vivências e habilidades através de oficinas e workshops, totalmente online. “O que prevalece é a capacidade de aprender e é isso que possibilita a transformação e criação do projeto”, conclui Maria Isabel. Os conteúdos podem ser acessados pelo site www.inventividade.com e nas mídias sociais no @projeto.inventividade.
Serviço
I Encontro Inventividade
Quando: de 26 a 29 de setembro (domingo a quarta), das 16 às 20h
Onde: Canal do YouTube Inventividade disponível em:https://www.youtube.com/Inventividade
Quanto: Gratuito
Informações e inscrições: https://bit.ly/EncontroInventividade