A Páscoa bate na porta e o mundo de chocolates deixa todos nós de água na boca. Para quem tem algum tipo de restrição alimentar, como os diabéticos, surgem dúvidas como: posso comer chocolate? Se sim, quanto de chocolate eu posso comer? Segundo a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos, do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes, “a restrição de chocolates para as pessoas com diabetes é um exagero”. Para quem quiser comer, o adequado é que as porções não ultrapassem 25g no período de 24 horas.
De acordo com a especialista, o chocolate é um alimento rico em açúcar e gordura que, se consumido em excesso como qualquer outro tipo de produto, pode levar ao ganho de peso em qualquer pessoa. A diferença para os diabéticos é que, além do ganho de peso, os diabéticos precisam controlar o índice glicêmico, que mede a quantidade de moléculas de glicose na corrente sanguínea.
— Se houver uma adequação do consumo do chocolate de acordo com a quantidade de carboidratos que a pessoa pode consumir no dia, não existe o porquê da proibição.
Mesmo no caso de versões diet, que não possuem açúcar, Tarcila explica que a quantidade de carboidratos muitas vezes continua sendo semelhante a de um chocolate tradicional. Ou seja, não é somente o açúcar que influencia no controle da glicemia. Todos os tipos de carboidratos podem influenciar nesse controle, assim como as gorduras.
Por isso, a nutricionista orienta qualquer consumidor a sempre ler os rótulos com atenção e analisar na porção indicada qual opção possui menor quantidade de carboidratos e gorduras, o que com certeza será a melhor opção.
— A alimentação da pessoa com diabetes segue os mesmos conceitos de uma alimentação saudável que todas as pessoas devem seguir: uma alimentação fracionada contendo carboidratos, proteínas, gorduras de boa qualidade, vitaminas e minerais. O que vale é controlar a frequência do uso do chocolate, já que trata-se de um alimento que não é rico em nutrientes de boa qualidade. Nós devemos conhecer a quantidade ideal desses nutrientes para cada um de nós.
Chocolólatra
— Antigamente eu comia muito mesmo. Eu chagava a pegar uma caixinha de bombom e comer ela inteira. Com aquelas barras de chocolate, enquanto eu não via o fim eu não sossegava.
No entanto, segundo ela, esses exageros estão muito relacionado ao humor e à ansiedade que a pessoa sente.
— Os médicos falam que o emocional não conta tanto assim, mas eu sinto que às vezes influencia, sim. Eles falam que cientificamente isso não acontece, que tem fechar a boca mesmo. Então eu mesma falo para minha endocrinologista que eu não consigo ficar muito tempo sem comer chocolate. Outro dia meu filho foi para o hospital e eu fui atrás dele. Eu estava preocupada e vi que precisava comer um chocolate para dar uma acalmada. Eu sei que eu não posso fazer isso, mas também não é uma coisa que eu faço todo dia.
Rosemeire tem os aparelhos para medir os níveis de glicose no sangue e sempre dá as “abusadas”, ela verifica como estão os índices, mas devido a essa dieta mais regularizada, a empresária afirma que o médico dela nunca chegou a receitar insulina para ela.
— A minha vó tinha diabetes e às vezes chegava a níveis muito altos, indo até para o hospital e ficando internado. Mas eu nunca precisei. Mesmo quando eu vou para o hospital e eles medem, a minha não fica muito alta.
R7