O presidente Michel Temer escolheu o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) como novo ministro da Justiça, para substituir Alexandre de Moraes, nomeado ao STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta quinta-feira (23) uma fonte do Palácio à reportagem.
O anúncio oficial pode ser feito ainda nesta quinta-feira.
Temer chegou a convidar Carlos Velloso para o cargo, mas o ex-ministro do STF recusou o convite na última sexta-feira, alegando compromissos “de natureza profissional e, sobretudo, éticos”.
O plano inicial de Temer era ver Velloso encabeçando o ministério e um outro nome, mais ligado à segurança pública, a frente desta área, em uma secretaria reforçada.
Com a escolha de Serraglio, a opção por um nome iminentemente técnico foi deixada de lado para atender aos pleitos da bancada do PMDB da Câmara.
Relator da CPI dos Correios, uma das que que investigou o escândalo do mensalão no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serraglio presidiu a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara no ano passado quando o colegiado analisou, e rejeitou, recursos do então deputado Eduardo Cunha que tentavam prolongar ainda mais o processo de cassação do parlamentar.
A alçada de Serraglio ao comando da CCJ, no entanto, contou com o apoio de Cunha, que ainda era presidente da Câmara, e foi vista como uma manobra para proteger o peemedebista, que já enfrentava o processo de cassação. Serraglio se filiou ao então MDB em 1978 — o partido alterou o nome com a reforma partidária no início da década de 1980 —, onde permanece até hoje.
Eleito deputado federal pela primeira vez em 1998, está em seu quinto mandato. Advogado, foi assessor jurídico de diversas prefeituras, além de professor universitário.
R7