O presidente Michel Temer revogou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na manhã desta quinta-feira. A GLO, que entrou em vigor ontem após manifestantes depredarem diversos prédios da Esplanada dos Ministérios dava poder de polícia para as Forças Armadas fazerem a segurança dos prédios da Esplanada dos Ministérios. Temer estava reunido desde o início da manhã avaliando a manutenção do decreto com os ministros Raul Jungmann (Defesa), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional).
O texto publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) considera “a cessação dos atos de depredação e violência e o consequente restabelecimento da Lei e da Ordem no Distrito Federal, em especial na Esplanada dos Ministérios” para anular a decisão de ontem. Raul Jungmann fez pronunciamento após a revogação. Ele declarou que a presidência acionou a Advocacia-Geral da União para fazer perícias nos locais depredados. Segundo ele, os responsáveis pelos “atos de vandalismo e barbárie” devem ser punidos.
O Ministro da Defesa também comentou o pedido de mandado de segurança feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao Supremo Tribunal Federal. Na ação, o parlamentar alega que a GLO não poderia ser feita em casos de manifestação. Jungmann rebateu dizendo que no governo Dilma uma ação de GLO também foi decretada em manifestações contra o leilão do campo de libra, no Rio de Janeiro, e que, na ocasião, nenhum parlamentar se opôs.