Palavra caiu na mídia após participante do BBB assumir ser assexual
Seja nos canais abertos ou em séries de streaming, nunca se falou tanto sobre sexo, e o melhor, quebrando tabus que vão da orientação sexual a práticas como o beijo grego (técnica que consiste em lamber ou acariciar o ânus de outra pessoa com a boca), por exemplo. Durante o BBB20, que começou há três semanas e segue por cerca de três meses, os brothers confinados acabaram revelando algumas intimidades em uma brincadeira de “Eu Nunca”.
Depois de contar que já ficou com mulher, a médica Marcela Mc Gowan confirmou ser bissexual após ser questionada por outro participante. Mas o que mais causou alvoroço na mídia, redes sociais e grupos de whatsapp foi o psicólogo Victor Hugo admitir ser assexual em outro momento na casa. “Antes eu odiava quando alguém falava ‘você é gay?'”, contou o brother. “Mas você é?”, perguntou Manu Gavassi. “Não, sou assexual”, respondeu Victor.
As sisters ficam curiosas e questionam o maranhense sobre sua vivência. “Eu gosto até de explicar. A principal questão é o interesse sexual. Não significa que eu não faria ou que não faço. No caso eu não faço”, riu ele, para depois completar: “Eu sou virgem, 100%”, continuou.
Da vida real para a ficção, a personagem Florance, da aclamada série britânica Sex Education, da Netflix, sobre com a pressão dos colegas da escola para perder a virgindade até que a garota procura uma terapeuta sexual para saber se sua “condição” era um problema.
“Afirmar que não sente falta de sexo ou que não gosta de se masturbar faz parte do repertório de muitas pessoas que atendo. Quando a fala não vem na primeira pessoa, vem como queixa referente ao parceiro”, afirma a terapeuta tântrica Satta Flor, que defende: “Não há como sentir falta de algo que não foi experienciado anteriormente. Por isso que muita gente diz que a ignorância é uma benção. Se a pessoa não conhece uma experiência prazerosa com o sexo, não tem como sentir falta disso. Se não aprende a tocar o próprio corpo, claro que vai achar chato e sem graça”.
Satta tem ampla experiência do assunto e, ao lado do marido, o também terapeuta Mahaprabhu, coordena o projeto TantrAmor, que ajuda a desmistificar conceitos erroneamente difundidos sobre a prática da terapia tântrica, associada à erotização e ao ato sexual. A iniciativa tem canal no YouTube com conteúdo leve e descontraído e site (tantramor.com.br). Ela também publica textos sobre o tema em seu perfil no instagram: @sattaflor
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