Terceiro Rolé Brasil por Salvador vai ao Pelourinho

A história conta que localização do Pelourinho foi estratégica:  no alto, próximo ao porto e com uma barreira natural constituída por uma elevação abrupta do terreno, verdadeira muralha de até noventa metros de altura por quinze quilômetros de extensão, facilitando a defesa da cidade. “Na ocupação de Salvador a população mais rica, conforme seguia a tradição Europeia, ocupava as regiões mais altas, transformando o entorno do que conhecemos como pelourinho em uma área de ricos casarões, ruas em que a nobreza baiana, branca, circulavam e exibiam seus modos.  Na cidade Baixa, ficavam os mercados, os pescadores, as capoeiras e os mercados de escravos”, explica Rodrigo Rainha.

Situado no coração do centro histórico da cidade, o bairro se tornou um grande shopping ao ar livre, oferecendo inúmeras atrações artísticas e musicais. Há uma concentração de bares, restaurantes, boutiques, museus, teatros, igrejas e outros monumentos de grande valor histórico. Agora, é um Pelourinho revivido e colorido, repleto de atividades culturais e eventos, especialmente o Pelourinho à noite. Há também as práticas do grupo Olodum, cada domingo e terça-feira. Os Filhos de Ghandi também têm práticas lá nos meses que antecedem o carnaval. “O século XX vê o surgimento de uma nova cultura, um novo jeito.  Mas como a reconstrução de nossa identidade é poderosa, o símbolo do atraso, do abandono, vira o símbolo da ocupação, da cultura”, diz Wililam Martins. Mas a verdadeira história está escondida nas ruas perdidas, fora do eixo dos turistas, ainda alertados como cantos perigosos, como áreas inda não domesticadas. Qual Pelourinho o Rolé Brasil quer descobrir? Todos, é claro!