O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou na segunda-feira (22) a resolução nº 721, que estabelece requisitos de proteção aos ocupantes de veículos em casos de impacto lateral contra barreira deformável. A resolução já está em vigor, mas a exigência começa a valer apenas em 2020. Inicialmente, o teste de colisão lateral será obrigatório em novos projetos de carros.
Em 2023, a indicação vale para todos os carros, camionetas e utilitários, nacionais e importados.
Segundo o artigo quinto da regra, os ensaios devem ser realizados de acordo com os parâmetros dos Regulamentos Técnicos das Nações Unidas (ONU/UNECE) ou com as Normas Federais de Segurança dos Veículos Motorizados (FMVSS) dos Estados Unidos. O que não impede que a própria fabricante dos automóveis realize os testes.
Comportamento esperado durante o teste de colisão lateral
A cabeça do passageiro ou condutor não pode sofrer movimentos bruscos de reação à pancada, assim como o peito e o estômago. As portas não devem abrir durante a batida. No entanto, depois do impacto, elas precisam ter condição de serem abertas com facilidade, sem o auxílio de ferramentas. Com a deformação causada pelo impacto, nenhum elemento interno do carro pode causar lesão ou perfuração ao condutor.
As simulações para julgar os quesitos acima serão feitas contra uma barreira móvel deformável a 53,6 km/h.
Hoje, apenas o Latin NCAP divulga os resultados de testes de colisão de carros vendidos no mercado nacional, mas o instituto não tem qualquer poder para impedir a comercialização de modelos que obtiveram resultados ruins.
Exemplo disso foi que o modelo mais vendido no Brasil em 2017, o Chevrolet Onix, obteve nota zero em crash test no ano passado. Nesta terça, o Latin NCAP divulgou novos resultados do compacto e ele obteve discreta melhora, com três estrelas em cinco possíveis.
R7