Os trabalhadores dos trens do subúrbio de Salvador suspenderam as atividades nesta quarta-feira (5) para pedir reajuste salarial. O transporte faz o trajeto entre os bairros da Calçada e de Paripe. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Ferroviário e Metroviário dos Estados da Bahia e Sergipe (Sindiferro) informou que transporte não vai operar por dois dias e o transporte deve voltar a operar na manhã de sexta-feira (7).
A categoria pede reajuste de 9,27%, com correção da inflação no período entre 2015/2016 e melhorias nas condições de trabalho. A categoria afirma que o último reajuste dado aos cerca de 120 trabalhadores que atuam no sistema foi em 2015. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur), que é responsável pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), que administra o sistema dos trens, informou que não há reajuste previsto para a categoria em 2016, por conta do contenção de gastos do governo.
De um lado a secretaria informa que desde que assumiu a gestão do transporte, em maio de 2013, os salários dos funcionários foram reajustados três vezes, chegando aos 22,42%. Do outro, o Sindiferro informa que nos últimos três anos os reajustes da categoria foram abaixo da inflação e que acumulados, devem chegar a 15% ou 16% de aumento. O sindicato pede também a melhoria das condições de trabalho e da estrutura dos trens que operam no sistema.
Conforme a Sedur, o sistema liga o bairro da Calçada ao de Paripe e tem 13,6 km e funciona de segunda a sábado, das 6h às 19h30 (saída do último trem), com intervalos de 40 a 45 minutos. A passagem custa R$ 0,50 centavos a inteira e R$ 0,25 centavos a meia, com gratuidade para pessoas a partir dos 60 anos. Segundo a secretaria, o sistema dos trens deve ser otimizado dentro do projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que vai substituir o atual transporte.