OWM1 mostra uma série de dicas para quem pretende “recuperar” o carro que ficou parado por mais de dois meses nesse período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus. Mas ainda não falamos sobre uma das principais coisas que precisam ser feitas e condições de uso severas: o lubrificante. Afinal, pode-se fazer a troca de óleo no posto?
Já falamos aqui sobre qual combustível utilizar nessa “retomada”, sobre a validade da gasolina e de outros combustíveis e recentemente falamos sobre os cuidados que devemos ter com os pneus. Hoje você vai descobrir tudo que precisa sobre o serviço de troca de lubrificante do motor, um dos componentes vitais de um automóvel.
Cronograma de troca
A recomendação do Manual do Proprietário é sempre fazer as trocas em concessionárias autorizadas, seguindo um cronograma específico para o carro – normalmente, a cada 6 meses ou 10 quilômetros, dependendo do que ocorrer primeiro.
Fato é que muita gente segue essas recomendações somente até o final do período de garantia, passando a fazer as trocas em oficinas particulares ou mesmo em postos de combustíveis nos anos seguintes. É preciso ter cuidado ao selecionar esses lugares, por isso nossa sugestão é escolher um lugar de confiança e que seja apto e tenha estrutura para realizar o serviço.
Portanto, respondendo à pergunta do título desta matéria, trocar o óleo no posto vale a pena e também é mais barato quando feito no posto. Isso porque o serviço normalmente não inclui outras tarefas que concessionárias “juntam” em um atendimento de revisão, como limpeza e lubrificações.
Para escolher o óleo correto, siga novamente o manual do proprietário ou entre em contato com a fabricante do seu automóvel através do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente). Toda fabricante tem atendentes (seja por telefone, e-mail ou chat online) para sanar esse tipo de dúvida.
Troque todo o óleo
Escolhido o tipo certo de óleo para seu carro e troque ele todo. O ideal é sempre trocar tudo em vez de “preencher” o reservatório – isso porque, mesmo que seguindo a especificação, ao “completar” você acaba misturando óleo novo com usado e corre o risco de contaminar todo o reservatório. Evite, ainda, misturar óleo mineral com sintético.
Se você for optar por um serviço de troca por sucção (também chamado de troca de óleo à vácuo), mais rápido, escolha locais de confiança. A sucção pode ser feita pela vareta que mede o nível do óleo, mas isso exige cuidado, já que ela pode deixar uma quantidade residual do óleo antigo no reservatório – que acaba se misturando e contaminando o novo. Nesse caso, opte pela sucção feita por baixo, pelo bujão do cárter.
Outra coisa importante: óleo não precisa de aditivo. Se algum funcionário do posto te oferecer, diga que não precisa. Além de gastar dinheiro, você ainda compromete as propriedades de lubrificação originais do óleo, que naturalmente já carrega consigo alguns aditivos – inclusive estabelecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Especialistas consultados pelo WM1 também recomendam a troca do filtro de óleo no mesmo tempo que se faz a substituição do líquido, já que é possível contaminar o óleo novo com resíduos do filtro antigo. E, por fim, lembre-se de pedir a fixação correta do bujão – o parafuso que fecha o dreno do cárter de óleo – na parte de baixo do motor. Ele deve ser fechado corretamente, nem com excesso de força nem frouxo demais, para não resultar em vazamentos.
R7