Em seu novo livro, o prestigiado jornalista americano Bob Woodward, um dos que revelaram o escândalo Watergate, traz histórias dos bastidores dos primeiros 18 meses de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Entre as afirmações trazidas na obra, denominada “Fear: Trump in the White House” (Ameaça: Trump na Casa Branca”), a ser lançada no próximo dia 11 de setembro, está a de que Trump ordenou o assassinato de Bashar al-Assad, presidente da Síria, após o suposto ataque químico em Idlib, que teria sido comandado pelo governo sírio.
Artigo do jornal Haaretz descreveu essa passagem contida no livro. Nela, Trump telefonou para o secretário de Defesa americano, James Mattis, dizendo: “Vamos matá-lo! Vamos entrar. Vamos matar a p…de muitos deles.”
Mattis, porém, contornou a situação, segundo o relatório do jornalista. O atual secretário é um dos funcionários de alto escalão que não se indispuseram publicamente com o presidente. Pelo menos até agora.
“Mattis disse ao presidente que ele iria providenciar. Mas, depois de desligar o telefone, ele disse a um assessor sênior: ‘Não vamos fazer nada disso. Seremos muito mais comedidos.’ A equipe de segurança nacional desenvolveu opções para um ataque aéreo mais convencional do que o ordenado por Trump.”
O episódio foi mais um, dentro dos relatos do jornalista, que trouxe as divergências entre Trump e sua equipe, causadas pela dita inabilidade do presidente em conduzir crises.
A tentativa de assassinato de Assad teria feito o chefe da equipe de Trump chamá-lo de “idiota”, longe a presença do presidente. Além disso, funcionários retiraram documentos confidenciais da mesa presidencial, com a convicção de que Trump não conhecia os fundamentos da política externa.
R7