A Uefa comunicou que o Paris Saint-Germain cometeu um “desvio aceitável” e não será punido por desrespeito ao Fair Play Financeiro. Antes do anúncio, a Câmara de Investigação do Controle Financeiro dos Clubes da Uefa (CFCB) analisou as operações do clube feitas nos anos de 2015, 2016 e 2017.
A entidade que dirige o futebol europeu afirmou que uma investigação do órgão concluiu que o PSG inflou o valor divulgado de contratos de patrocínio, entre eles os firmados com o governo do Catar, com quem os donos do clube têm ligações estreitas.
Entretanto, mesmo admitindo esta manobra financeira, a Uefa entendeu que o clube agiu de uma forma que pôde ser considerada “aceitável”.
De acordo com o diário francês L’Equipe, porém, o PSG deverá receber dos seus proprietários ou outras fontes de renda o aporte de 60 milhões de euros (cerca de R$ 262 milhões) para equilibrar as finanças em caixa, sob o risco de ser punido se não cumprir a determinação até o fim de junho.
De acordo com as regras de Fair Play Financeiro da Uefa, um clube não pode gastar mais de 5 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões) do que arrecadou no último triênio. Um dono de clube pode dar garantias financeiras para extrapolar esse limite, mas o gasto não poderia passar de 30 milhões de euros (aproximadamente R$ 131 milhões).
Na última temporada, o PSG pagou 222 milhões de euros (algo em torno de R$ 822 milhões na época) só em Neymar. Outra contratação feita em 2017 foi a de Kylian Mbappé, sob o regime de empréstimo e consumada em definitivo a partir da próxima temporada, que custou 180 milhões de euros (cerca de R$ 785 milhões) entre pagamento fixo e aditivos que dependem de metas a serem alcançadas pelo jogador.
Bahia Notícias