Os dados constam do Atlas da Violência 2018, produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), divulgado nesta terça-feira (6).
Proporcionalmente, porém, a maior taxa de homicídios pertence a Sergipe. O Estado tem uma taxa de 64,7 homicídios por 100 mil habitantes, o que representa 1.465 pessoas assassinadas. Já a Bahia teve, em 2016, uma taxa de 46,9 por 100 mil habitantes.
Tratando de números totais de vítimas, o segundo lugar é do Rio de Janeiro, com 6.053 vítimas de homicídios em 2016, seguido por São Paulo (4.870 pessoas assassinadas), Minas Gerais (4.622 vítimas) e Pernambuco (4.447 mortos).
Ainda em números totais de vítimas, o Estado com menos assassinatos em 2016 foi Roraima, com 204 vítimas, seguido por Acre (363 pessoas mortas) e Amapá (381 vítimas de homicídios).
Outras seis unidades federativas não ultrapassam a marca de mil pessoas assassinadas no ano: Distrito Federal (760), Mato Grosso do Sul (671), Piauí (701), Rondônia (703), Santa Catarina (984) e Tocantins (577).
Apesar de ser o segundo Estado com menos vítimas de homicídios, o Acre tem a maior variação no índice de assassinatos nos últimos cinco anos, passando de 22 homicídios por 100 mil habitantes para uma taxa de 44,4 em 2016, elevação de 102,3%. Também tem a maior variação em um ano, subindo 64,6% na comparação entre 2016 e 2015 (neste ano a taxa era de 27).
Dos nove Estados com maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes, sete estão na região Nordeste. Além de Sergipe, líder do ranking, estão Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Amapá (48,7), Pernambuco (47,3), Bahia (46,9) e Ceará (40,6). Os dois Estados fora do Nordeste, que figuram nos índices mais violentos, são Pará (50,8) e Goiás (45,3).
O Rio de Janeiro, com a taxa de 36,4 homicídios por 100 mil habitantes é o 13º Estado com mais assassinatos, sendo o mais violento da região Sudeste. Rio Grande do Sul é o mais violento do Sul, com taxa de 28,6 homicídios por 100 mil habitantes. Os Estados com menores taxas são: São Paulo (10,9), Santa Catarina (14,2) e Piauí (21,8).
Outro lado
Por meio de nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de Sergipe lamentou a falta de padronização nacional sobre a estatística e informou que o governo do Estado “mantém” um trabalho direcionado a reduzir os índices de criminalidade.
Os números do Estado mostram que, em 2017, foram registrados 1.123 homicídios dolosos, número inferior ao de 2016 (1.306) e ao de 2015 (1.196). Em relação à Aracaju, capital do Estado, os dados de segurança pública registraram crescimento médio de 18% no ano de 2017.
“Houve uma estabilização do crescimento da violência”, diz a nota. “Com o trabalho das forças policiais estaduais e a chegada da Força Nacional (fevereiro do mesmo ano), identificamos áreas problemáticas e reforçamos o trabalho da polícia nessas regiões”, acrescenta.
A SSP mostra que, apesar dos números evoluírem, 32 cidades apresentaram redução nos casos de homicídios dolosos em 2017 — Tobias Barreto, Laranjeiras, Canindé do São Francisco, Itabaiana, Lagarto e São Cristóvão são algumas delas.
Também procurada pela reportagem do R7, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia ainda não se pronunciou. O espaço está aberto para manifestação.
R7