No Brasil, apenas 1,8% da população doa sangue, porcentagem superior à recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 1%, mas que pode melhorar. Neste sábado (25), o Dia do Doador Voluntário de Sangue é comemorado para reforçar a importância do ato: uma doação pode salvar até quatro vidas.
A doação é um procedimento simples e executado em hemocentros em todo o País. No total, existem 27 centros coordenadores e 500 serviços de coleta no Brasil. Por ano, 3,5 milhões de brasileiros realizam transfusões sanguíneas.
A estudante de enfermagem Leonara Almeida, 19 anos, começou a doar sangue voluntariamente no começo deste ano. Nesta semana, irá doar pela terceira vez. Ela conta que desde os 16 anos já tinha vontade de colaborar. “Acho que a doação é algo que me faz bem. Quando faço a doação me sinto colaborando para o bem”, conta.
Para ela, o número de doadores é baixo pois falta solidariedade: “Acho que as pessoas não vêem mais a necessidade de ajudar o outro, isso vem se perdendo. É preciso ela passar por determinada situação para compreender a necessidade”.
Fim de ano
No fim do ano, a situação fica ainda mais crítica. Com as festividades, há mais acidentes, como batidas de carro, que muitas vezes exigem transfusões e sobrecarregam os hemocentros. Além disso, em algumas cidades, a população viaja e há redução de doações, como é o caso de Brasília.
O sangue é insubstituível em atendimentos de urgência, cirurgias, tratamentos de câncer e doenças crônicas — qualquer pessoa pode vir a precisar de sangue um dia.
“Há necessidade maior porque é período de férias, as pessoas viajam, e os bancos baixam. Muitos acidentados que vêm de outros estados, pacientes com câncer. Por isso esse desabastecimento”, explica Camila Bezerra, chefe do Núcleo de Triagem de Sangue do Hemocentro de Brasília. Para engajar a população, o hemocentro manda emails e cartas para que os doadores virem colaboradores frequentes.
Para doar, é preciso ter entre 18 a 69 anos, estar em boas condições de saúde e pesar no mínimo 50kg.
Portal Brasil