Como o período entre inverno e primavera é o mais propenso para disseminação do Paramyxovirus, micro-organismo responsável pela caxumba, a prefeitura de Salvador alerta que a prevenção contra a doença é feita com a vacina tríplice viral. A imunização, que protege contra outras doenças, a exemplo de sarampo e rubéola, é oferecida gratuitamente em cerca de 116 postos básicos de Saúde da capital baiana para pessoas com até 49 anos. No caso de crianças a partir de um ano até adultos de 29 anos de idade, a rede oferece duas doses. Para pessoas entre 30 e 49 anos, a rede oferece apenas uma dose da vacina. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estima que de janeiro a julho deste ano, 2.609 pessoas tiveram caxumba. No entanto, embora o número seja expressivo, não se pode chamar de surto. “O que houve são casos isolados em determinados locais, como ocorreu em uma empresa de telemarketing e em uma escola pública”, explica a diretora de Vigilância em Saúde do município, Geruza Morais. Os bairros que mais registraram ocorrências são Pernambués, Tancredo Neves, Nordeste de Amaralina e Santa Cruz. A SMS ressalta que agentes de saúde também realizam bloqueio vacinal quando acontecem contágios localizados. Os profissionais fazem triagem e imunizam quem nunca passou pelo procedimento e quem precisa de reforço. No entanto, não há um levantamento que indique se o número de casos cresceu em Salvador, pois as ocorrências não eram notificadas até ano passado. “Precisaríamos de uma série de três a quatro anos para dizer se houve aumento significativo”, pontua Geruza. A caxumba é transmitida através do contato com gotículas de saliva ou de secreções de pessoas infectadas. Alguns dos sintomas mais comuns são inchaço, dor nas laterais do pescoço, febre, calafrios e dores na hora de mastigar ou engolir.