Um grupo formado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz trouxe uma boa notícia para quem tomou a vacina para se proteger da febre amarela: a dose também pode ajudar a manter distância do vírus zika. O estudo realizado, ao longo de dois anos, com camundongos mostra que a vacina protegeu os animais da infecção do vírus em laboratório e reduziu a carga no cérebro, bem como ajudou na prevenção de deficiências neurológicas.
A explicação estaria no próprio vírus, já que ambos são transmitidos por um vírus da família Flavivírus e apresentam estruturas biológicas semelhantes. Eles também concluíram que a região Nordeste, que apresentou maior incidência da doença, era também a com menor cobertura vacinal para febre amarela.
Foram realizados testes com dois grupos de camundongos, um saudável e outro com o sistema imune comprometido, ou seja, mais propenso à propagação do vírus. Em ambos, parte dos animais foi imunizada com a vacina de febre amarela e outra recebeu apenas uma solução salina, sem nenhum efeito imunológico. Depois, todos eles receberam injeções intracerebrais do vírus da zika, simulando assim infecções com alto índice de letalidade.
Os mais suscetíveis que não estavam vacinados morreram e os normais também sem vacina desenvolveram sintomas da doença. Entre os vacinados, os suscetíveis não morreram e todos apresentaram carga viral bastante reduzida no cérebro.
Fontes:
CARNEIRO, Júlia Dias. Vacina da febre amarela pode proteger contra zika, indica estudo brasileiro. BBC Brasil, 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47704310. Acesso em 8 de outubro de 2019.
Estudo revela que vacina de febre amarela pode proteger contra zika. Conselho Regional de Farmácia. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/noticias/10465-estudo-revela-que-vacina-de-febre-amarela-pode-proteger-contra-zika.html
R7