O Vasco encontra o Nova Iguaçu no estádio do Maracanã, a partir das 18h30 (horário de Brasília) deste domingo (10), em jogo válido pelas semifinais do Campeonato Carioca. A Rádio Nacional transmite o confronto ao vivo.
Motivado após garantir a classificação para a 3ª fase da Copa do Brasil, o Cruzmaltino tem um desafio diante da Laranja Mecânica da Baixada. A equipe de São Januário precisará terminar a série de dois jogos da semifinal com vantagem de gols, pois a igualdade é do Nova Iguaçu, que terminou a Taça Guanabara na 2ª posição.
Para isto terá que mostrar mais eficiência do que a vista diante do Água Santa na última quinta-feira (7) pela Copa do Brasil, partida que venceu por 4 a 1 na disputa de pênaltis após uma igualdade de 3 a 3 no tempo regulamentar.
Segundo o auxiliar técnico da equipe de São Januário, o argentino Emiliano Díaz, o Vasco precisa manter a competitividade durante os 90 minutos de partida, e não apenas durante uma parte do confronto: “Após o jogo sempre temos coisas a analisar e melhorar. A herança que este jogo deixa é de que temos que jogar da forma que acreditamos, da forma que aconteceu no primeiro tempo, e manter essa forma durante os 90 minutos”.
O Vasco tem a possibilidade de iniciar o confronto com: Léo Jardim; João Victor, Medel e Léo; Paulo Henrique, Galdames, Zé Gabriel e Lucas Piton; Payet; Adson e Vegetti.
Já o Nova Iguaçu chega sabendo que a final não é um sonho impossível, em especial quando se considera o fato de que a Laranja Mecânica da Baixada bateu o Cruzmaltino por 2 a 0 na 5ª rodada da Taça Guanabara.
E para conseguir um bom resultado no primeiro jogo da semifinal da Carioca, o time comandado pelo técnico Rogério Corrêa confia demais no faro de gol do atacante Carlinhos, que lidera a artilharia da competição com 8 gols ao lado de Pedro, do Flamengo.
Uma possível escalação do Nova Iguaçu para esta partida decisiva é: Caio Borges; Yan Silva, Gabriel Pinheiro, Sérgio Raphael e Maicon; Albert, Ronald, Xandinho e Bill; Carlinhos e Maxsuell.
Fla-Flu
O Flamengo deu um passo importante para chegar à final do Campeonato Carioca na noite desse sábado (9), no Maracanã. Com gols de Everton Cebolinha e Pedro, o time do técnico Tite abriu 2 a 0 na disputa contra o Fluminense pela semifinal da competição.
O time rubro-negro, que jogou de branco, manteve sua marca de apenas um gol sofrido no campeonato e a torcida sofreu pouco, quase nada, diante de um sistema defensivo sólido. Os tricolores não tiveram sequer um arremate ao gol durante toda a partida. Léo Pereira era soberano nas bolas aéreas cruzadas pelo time de Fernando Diniz e Fabrício Bruno impedia maiores sustos em contra-ataques do adversário.
O Flamengo iniciou o jogo marcando a saída de bola do Fluminense. Mas mesmo muito pressionado, o time de Diniz não abria mão no toque de bola desde a sua área, característica marcante do treinador por onde passou. Mesmo com Pedro, Luiz Araújo, Everton Cebolinha e Arrascaeta apertando a marcação, a defesa tricolor encontrava, na maioria das vezes, a saída da pressão. Mas não chegava a ameaçar o gol de Rossi, na outra ponta do campo.
Os rubro-negros tiveram mais a bola e o controle do jogo, mas paravam em um problema crônico que acompanha o time desde o ano passado: as chances claras perdidas.
Fluminense x Flamengo – Campeonato Carioca – Estadio do Maracana – 09-03-2024 – Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Pilar da defesa rubro-negra, Léo Pereira foi seguro durante todo o jogo. Foto – Marcelo Cortes/Flamengo
À medida que o primeiro tempo passou, o Fluminense aliviou a pressão do adversário, começou a ter mais a bola e avançar. E foi justamente no último lance do primeiro tempo, quando o jogo caminhava para um equilíbrio, que Pulgar cruzou a bola, que atravessou toda a área tricolor e encontrou a cabeça de Cebolinha. Gol. E a superioridade rubro-negra, enfim, se traduzia no placar.
O segundo tempo começou com o time do Flamengo esperando o Fluminense na defesa. A ideia parecia ser matar o jogo nos contra-ataques, mas nenhum funcionava. O Flu tinha a bola mas não conseguia furar o ferrolho montado por Tite. Foi quando, aos 18 minutos do segundo tempo, Cebolinha interceptou um passe no meio campo e acelerou para o contra-ataque, sendo parado de forma violenta por Thiago Santos. Inicialmente, o árbitro deu apenas cartão amarelo, mas foi chamado ao VAR e convencido a mudar a cor do cartão.
Com a expulsão do zagueiro, Diniz praticamente desistiu do empate. Tirou Renato Augusto e recompôs a defesa com Manoel. O Flamengo voltou a ter a bola, pressionar e perder gols. O mais incrível deles com De La Cruz. O uruguaio recebeu a bola desmarcado na pequena área, mas, desequilibrado, apenas recuou para o goleiro Fábio.
O Fluminense, por sua vez, queria apenas sobreviver para o jogo seguinte. Àquela altura, perder de 1×0 parecia um lucro imenso. Mas aos 45 minutos do segundo tempo, uma outra bola perfeitamente cruzada, desta vez por Arrascaeta, encontrou Pedro livre na pequena área. Foi só testar para o fundo da rede e correr para o abraço: Flamengo 2 x 0 Fluminense, com direito a chuteira do camisa 14 lustrada pelo artilheiro rubro-negro após o gol.
Por ter tido a melhor campanha na primeira fase do campeonato, o Flamengo tem a vantagem de dois resultados iguais. Pode perder por dois gols no jogo de volta que ainda assim se classifica para a final. Já o Fluminense precisará vencer por três gols de diferença. Não é uma vantagem impossível, como os próprios tricolores puderam atestar na final do ano passado, quando foram campeões contra esse mesmo Flamengo revertendo também um 2 x 0.
A missão tricolor é difícil, mas a semifinal continua aberta. Seu desfecho será no próximo sábado (16), também no Maracanã.