Gastar mais do que se ganha e viver em um padrão de vida acima da sua realidade são duas das consequências da falta de educação financeira. Esse tipo de comportamento pode gerar muitas dificuldades e acarretar em futuras dívidas e inadimplência.
Para ajustar o padrão de vida com o que ganha, Teresa Tayra, educadora financeira, diz que é necessário fazer um mapeamento de suas receitas e despesas.
A educadora ressalta que é importante estar atento a dois erros comuns:
• Contabilizar o salário bruto na receita ao invés de considerar apenas o valor líquido a receber; e
• Listar apenas gastos maiores e fixos no orçamento do mês.
“Também é preciso se atentar aos inúmeros pequenos valores desembolsados ao longo do mês”, afirma Tayra.
De acordo com Rejane Tamoto, planejadora financeira, esses são uns dos sinais de que a pessoa está gastando mais do que recebe.
Conseguir fazer uma reserva, segundo Teresa Tayra, é o primeiro passo para começar a investir no futuro e construir uma independência financeira.
Não conseguir fazer o pagamento total da fatura do cartão de crédito é mais um sinal de que o padrão de vida não está condizente com ao que ganha, aponta Ivan Sanches, educador financeiro.
“As pessoas usam o cartão de crédito como extensor de salário, mas ele é um centralizador de pagamento”, explica Tayra.
Sanches diz que o uso excessivo do cheque especial também demonstra um desalinhamento no padrão de vida.
Assim como o cartão de crédito, Teresa Tayra reforça que o limite do cheque especial também não é um extensor de salário.
“Ele é um recurso para emergências, mas muitos já contam com ele para passar o mês”, afirma a educadora.
Tomar empréstimos para adquirir itens de consumo também pode retratar que a pessoa está vivendo um padrão de vida fora de sua própria realidade.
“O primeiro de tudo é a própria pessoa querer”, afirma Teresa Tayra.
Afina, gastar menos do que se ganha é o primeiro passo para construir um futuro mais próspero.
É preciso ter conhecimento da própria vida financeira e, em seguida, fazer o reconhecimento.
“Avaliar se tudo o que gasta realmente faz sentido. Agora que estamos em uma pandemia, tivemos tempo para refletir sobre outros valores”, orienta Rejane Tamoto.
Após essa reflexão será possível eliminar gastos que estão nas faturas no piloto automático.
Para estimular a mudança, Rejane aconselha que ao final do processo haja uma recompensa.
Fazer pesquisas de fornecedores também contribui para essa mudança, segundo Tamoto, pois “muitas vezes podemos encontrar algo melhor”.
Para isso é preciso ter disposição e contribuição de toda a familía, pois requer muito trabalho e muitas pessoas esbarram nesse quesito.
R7