O comércio varejista baiano expandiram suas vendas em 2,3% no primeiro mês de 2022 frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, interrompendo uma sequencia de resultados negativos. No cenário nacional, na mesma base de comparação, os negócios registraram crescimento de 0,8%. Entretanto, em relação a igual mês do ano anterior, as vendas no varejo baiano mantiveram o ritmo de queda ao apresentar a variação negativa de 7,7%. No país o recuo foi de 1,9%, em relação à mesma análise. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
Por atividade, em janeiro de 2022, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de janeiro de 2021, revelam que três dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (24,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (11,9%), e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%). Os demais segmentos registraram comportamento negativo são eles: Tecidos, vestuário e calçados (-2,8%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-6,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,4%), Combustíveis e lubrificantes (-19,6%), e Móveis e eletrodomésticos (-30,2%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que as vendas de Móveis, Eletrodomésticos, e Hipermercados e supermercados recuaram em 34,1%, 29,4%, e 9,4%, respectivamente.
Na série sem ajuste sazonal, o segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registrou, em janeiro, a maior influência positiva para o setor, seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Livros, jornais, revistas e papelaria. O comportamento do primeiro se justifica pela elevação da procura por medicamentos que elevam a imunidade dos consumidores dado a terceira onda da covid-19 e do surto de casos gripais. O segundo dada a característica do ramo em englobar artigos de menor valor agregado – como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos. O terceiro a um efeito estatístico já que em igual mês do ano passado o recuo nas vendas desse segmento foi de 60,7%.
Comércio varejista ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou expansão de 4,4% nas vendas, em relação a igual mês do ano anterior, interrompendo a trajetória de queda registrada nos últimos meses. Esse comportamento resultou no acumulado dos últimos 12 meses, variação foi positiva de 8,2%.