As vendas no comércio varejista baiano registraram em maio de 2021 crescimento de 29,4%, em relação a igual mês do ano passado. No cenário nacional, a expansão nos negócios foi de 16%, na mesma base de comparação. Frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, as vendas no Estado da Bahia cresceram 2,9%, expansão superior a registrada para o Brasil (1,4%). No acumulado do ano, a taxa foi positiva em 9,5%. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (07), são apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
De acordo com o SEI, o crescimento das vendas do varejo baiano em maio pode ser atribuído ao receio menor dos consumidores à medida que conhecem o impacto da pandemia na economia. Além disso, o mês de maio é considerado pelos analistas de mercado a segunda melhor data para as vendas no setor, devido à comemoração do Dias das Mães. Apesar do período ainda atípico, a retomada do auxílio emergencial, o avanço do processo de imunização no país e o dinamismo do mercado de trabalho impulsionaram as vendas nesse mês.
“Todo este cenário fez o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subir. Em maio, o crescimento foi de 3,7 pontos, passando para 76,2. Vale ressaltar ainda que as vendas do varejo baiano vêm apresentando crescimento desde abril e a Bahia segue líder na geração de emprego formal no Nordeste. Em maio foram gerados 10 mil postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com Novo Caged”, afirma o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento.
Por atividade, em maio de 2021, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de maio de 2020, revelam que sete dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo.
O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de Tecidos, vestuário e calçados (410,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (97,2%), Móveis e eletrodomésticos (79,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (72,3%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (66,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (27,6%), Combustíveis e lubrificantes (19,8%). Apenas Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou variação negativa (-9,4%).
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou expansão de 44,0% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. Esse comportamento nos últimos três meses reverteu a sua trajetória de queda, registrando no acumulado dos últimos 12 meses, variação foi positiva de 3,4%.