As vendas no comércio varejista baiano cresceram 0,6% em janeiro de 2020, na comparação com igual mês do ano anterior. Enquanto o varejo nacional registrou a expansão no volume de negócios de 1,3%, em relação à mesma base de comparação. Na análise sazonal, o comércio varejista no estado baiano foi negativo em 6,9%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
O resultado registrado para o varejo baiano nesse mês releva que o setor ainda não consolidou a sua trajetória de crescimento robusto, apesar da prática dos lojistas em realizar ações promocionais visando impulsionar as vendas após o Natal. Os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas referente ao Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou em 1,2 pontos em janeiro. Esse comportamento reflete uma piora da situação financeira na percepção dos consumidores de baixa renda, possivelmente em função da pressão nos preços de alimentos. De acordo com a SEI, em janeiro de 2020, dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, cinco registraram aumento. Dentre eles, o de Alimentos e Bebidas que apresentou variação positiva de 1,15%. Entretanto, com a recuperação do mercado de trabalho baiano, espera-se que as vendas sejam aquecidas.
A mais importante influência positiva em janeiro veio do segmento Móveis e eletrodomésticos seguido por Combustíveis e lubrificantes, e Outros artigos de uso pessoal e doméstico.
A influência exercida por Móveis e eletrodomésticos pode ser explicada pela pratica dos consumidores em aguardar as promoções realizadas pelos comerciantes em janeiro. O crescimento registrado nesse mês representa o quinto consecutivo apresentado pelo segmento que vem tendo suas vendas influenciadas por incentivos como a liberação do FGTS, e o crédito, devido à redução da taxa Selic.