Evento será realizado de 29/11 a 02/12, em diversos espaços da capital
Arte. Diálogo. Ação. Conhecimento. Maior festival de cultura, mobilização e educação para a sustentabilidade da América Latina, a Virada Sustentável aporta em Salvador com mais de 120 atividades, ocupando mais de 30 espaços da capital baiana, com quatro dias de programação inteiramente gratuita.
Mais de 100 projetos baianos foram mapeados, reunindo iniciativas de coletivos, artistas, oficineiros, escolas, universidades, ONGs, inciativa pública e privada. O resultado poderá ser conferido da Cidade Baixa à Cidade Alta, com opções para todos os públicos.
E, durante o Festival, três espaços culturais da cidade contarão com visitação aberta ao público: a Casa do Carnaval (Pelourinho), o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte de Santa Maria) e o Espaço Carybé das Artes (Forte São Diogo). “Nosso papel é, justamente, mobilizar e articular as diversas instâncias da cidade para promover o acesso irrestrito à cultura, a conteúdos e ao conhecimento”, pontuou a condutora do Movimento Salvador Meu Amor e gestora da Virada, Alice Barreto. “Tratam-se de equipamentos relativamente novos, mas de grande relevância para o contexto local e possibilitar a ampliação desse acesso, de forma gratuita, é uma grande virada”, arrematou.
Promovido pelo Instituto Virada Sustentável, com patrocínio da Braskem, via Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, e realização do Movimento Salvador Meu Amor, o Festival é apoiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e fundamentado nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Para esta edição, conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Prefeitura Municipal de Salvador; com o copatrocínio de Liberty Seguros e o apoio da Booking.
Conteúdo e coletividade
Durante os dois primeiros dias de Festival, o foco é na parte do conhecimento, reunindo debates, palestras, painéis e rodas de diálogos. “Inovação e Sustentabilidade” é o tema da palestra de abertura, com a participação do idealizador da Virada Sustentável, André Palhano; a líder da área de Reciclagem & Plataforma Wecycle da Barkem, Fabiana Quiroga; o coordenador de Arteducação do Projeto Axé, Marcos Cândido Carvalho; o Ministério do Meio Ambiente e PNUD, das 9h às 12h30, no Centro Cultural da Barroquinha.
Também no dia 29, o Zumvi Arquivo Fotográfico, que reúne maior “arquivo-memória” da América Latina, com um acervo de mais de 30 mil fotos sobre a população negra da Bahia, promove um roda de conversas com representantes do Irohin (BA), Cultne (RJ) e Museu afro Brasil (SP), no Forte de Santa Maria, das 17h às 21h. A programação inclui exibição do curta-metragem “Náufraga” de Juh Almeida, projeções mapeadas de fotografias do Zumvi e pocket show.
Empoderamento feminino, representatividade negra, identidade de gênero, arte de rua, tecnologias sociais, revitalização de espaços urbanos e desenvolvimento sustentável também serão aprofundados durante o Festival, a exemplo do debate com cicloativistas feministas negras, promovido pelo La Frida Bike, vencedor do Prêmio Mobilidade 2017 e do Frida Fund, como coletivo de maior impacto mundial. “Além de criar soluções de mobilidade e empodaremento da mulher negra e periférica, e promover o uso da bicicleta como ferramenta de autonomia, o objetivo é o resgate da identidade negra”, pontuou uma das idealizadoras do La Frida, Lívia Suarez, que traz digital influencer Nátaly Neri (com mais de 453 mil inscritos em seu canal no Youtube) para participar da roda.
Ação e Cultura
Para além dos debates, a programação também inclui ações de capacitação e de promoção do acesso à cultura, a exemplo do projeto Presentyzmo, que irá promover oficinas criativas de produção audiovisual, com acesso a ferramentas digitais e manuais para a realização de filmes com o celular. “O Presentyzmo se apresenta como resposta às desigualdades territoriais e socioeconômicas, que afetam diretamente o acesso a bens culturais e o desenvolvimento artístico da juventude afrodescendente”, explicou a idealizadora do projeto, Luma Nascimento, contando que as ações para a Virada incluem rodas de conversa, performances artísticas, exibição de filmes, exposição fotográfica, brechó aberto a artistas locais e a instalação artística de @SuperAfro, com colagem de lambes em diversos pontos da cidade.
Já as artistas Olga Lamas e Raiça Bomfim, da Gameleira Artes Integradas, irão promover uma vivência exclusiva para o público feminino, com oficinas que trabalham, artisticamente, a transfiguração das violências diversas sofridas por mulheres através de experimentações do corpo, som e palavra, encerrando com uma performance-oferenda.
Também serão promovidas oficinas de ritmos, dança e canto na Casa do Maestro (Federação) e no Centro Cultural Edson Souto; de construção de instrumentos musicais com material reciclável (na Ladeira da Preguiça); de fotografia artesanal “Pinhole” (na Casa do Benin); de lambe-lambe (com as crianças da comunidade do Morro do Gavazza); de plantio de mudas com garrafas PET (no Terraço do Salvador Shopping); de compostagem e minhocário (no Parque das Dunas); entre outras.
Paralelamente, nos diversos pontos da cidade, serão realizadas performances artísticas, apresentações de dança e teatro, projeções mapeadas, exibição de filmes, contação de estórias, exposições, mutirões de grafite, recitais poéticos, atividades de yoga e meditação, e feiras de arte, artesanato e economia criativa. A programação musical fica por conta de dois dias de shows, no Parque da Cidade: 1º de dezembro, com Pedro Pondé, Tássia Reis e Zuhri e, no dia 02, Larissa Luz, OQuadro e ÀTTØØXXÁ.
“A programação da Virada Sustentável Salvador 2018 reúne projetos que traduzem reflexões acerca das principais questões, que norteiam os saberes e fazeres conectados com a sustentabilidade”, destacou Alice Barreto.
O Festival foi criado em 2011, em São Paulo. De lá pra cá, reuniu um público de mais de 7 milhões de pessoas e percorreu as cidades do Rio de Janeiro, Manaus e Porto Alegre, entre outras, além de Salvador, em 2016. A edição deste ano, na capital baiana, fecha o calendário das Viradas em 2018. “Vamos fechar com chave de ouro! É sempre muito legal realizar a Virada aqui em Salvador, porque é uma terra especialmente energizada”, afirmou a coordenadora nacional da Virada Sustentável, Vivian Schaeffer.
Virada Sustentável Salvador 2018
Quando: de 29 de novembro a 02 de dezembro
Locais: Parque da Cidade, Centro Cultural da Barroquinha, praças e museus do Centro Histórico de Salvador, Casa da Música, Lagoa do Abaeté, Parque das Dunas, Centro Cultural Edson Souto, Casa do Maestro, Parque São Bartolomeu, Comunidade do Solar do Unhão e da Ladeira da Preguiça, Praia do MAM, Forte de Santa Maria, entre outros.
Programação:
o Dias 29 e 30 de novembro – Atividades com foco em Conhecimento, reunindo palestras, rodas de saberes, painéis e vivências. Majoritariamente no Centro Histórico de Salvador – Sociedade Protetora dos Desavalidos, Casa do Benin, Centro Cultural da Barroquinha, Casa de Angola, Sociedade Protetora dos Desvalidos -, Casa da Música, Forte de Santa Maria, entre outros.
o Dias 1º e 02 de dezembro – Atividades com foco em ação, cultura, esporte, educação e meio ambiente, reunindo oficinas, atividades artísticas (teatro, dança, circo, poesia), feiras de artes, artesanato e economia criativa, festivais, contação de histórias, exposições, mutirão de grafite e shows musicais. Majoritariamente no Parque da Cidade, Lagoa do Abaeté, Parque das Dunas, Comunidade do Solar do Unhão e da Ladeira da Preguiça, Praia do MAM, Centro Cultural Edson Souto (Cajazeiras), Casa do Maestro (Federação), entre outros.
Mais informações: viradasustentavel.org.br
Redes Sociais: @viradasustentavel.salvador