Foi sepultado no fim da manhã desta sexta-feira (17), em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, o corpo da estudante universitária de 19 anos que foi morta na cidade e que teve corpo encontrado em Planalto.
O ex-companheiro da vítima e dois outros homens, estudantes de uma faculdade particular foram presos, suspeitos do crime.
Sashira Camilly Cunha Silva foi enterrada por volta das 11h, no Cemitério Parque da Cidade. A cerimônia foi de muita comoção, e um protesto silencioso, pedindo justiça para o caso, foi realizado no local.
O ex-namorado da jovem confessou o crime. Segundo a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), ele dopou a vítima com um remédio de uso controlado, através deum refrigerante, e a esfaqueou no pescoço e no rosto. A polícia disse, no entanto, que ele não teve coragem de matá-la.
Já o segundo envolvido foi responsável por pegar o carro da vítima. O combinado entre os três suspeitos era vender o veículo posteriormente. Ao chegar ao local do crime, o segundo jovem percebeu que a vítima ainda estava viva e a enforcou até a morte. Depois levou o carro e corpo até a cidade de Planalto.
A polícia informou ainda que o terceiro envolvido teria feito a ligação entre o ex e o segundo envolvido, que não eram próximos. Ele serviu como articulador entre os dois, e pagou um carro de aplicativo para que o segundo envolvido fosse até o local do crime.
À polícia, os dois comparsas alegaram que não sabiam que a vítima seria Sashira.
Família destruída
O padrasto da estudante universitária morta em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, acredita que o ex-companheiro da vítima premeditou o crime.
“Esse rapaz não deixou minha filha viver e falava que se ela não vivesse com ele, não viveria com mais ninguém. Então o que ele premeditou, ele acabou com nossa família”, disse Célio Barbosa.
Sashira cursava Engenharia Civil, assim como os suspeitos. Segundo o padrasto da jovem, a esposa dele e mãe da vítima está muito abalada, assim como o irmão de Sashira, que tem apenas 11 anos.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“Minha esposa está em uma situação difícil. Nosso filho de 11 anos, que era o maior chamego com essa menina. Não sei o que será de nossa vida”, lamentou.
“Então esse é mais um feminicídio que acontece e eu digo a vocês que eu vou levantar essa bandeira e não vou descansar. É mais uma bandeira que eu levanto na minha vida”, complementou Célio.