A JAC Motors confirmou ontem (4) a chegada do T40 equipado com câmbio automático ao mercado brasileiro. A transmissão é a mesma do T5, já testado pela reportagem deste AutoPapo. A apresentação da nova versão do SUV compacto será feita no dia 16 de abril.
Além do novo câmbio do tipo CVT, o T40 ganhará novo motor. Abdicará do 1.5 usado na configuração equipada com transmissão manual e adotará 1.6 bicombustível. O manual também deve passar a ser empurrado pelo mesmo propulsor.
Além da nova versão do T40, a JAC reviu seus planos para o nosso país e deixou de lado modelos como J2, J3 e J3 Turin. O enfoque agora será nos SUVs. A marca terá em sua linha T20, compacto para bater de frente com o Renault Kwid, T50 e o grande T70. Outra novidade será uma picape turbodiesel, provavelmente importada da China, para tentar duelar com Toyota Hilux e Chevrolet S10.
A JAC informou, em dezembro passado, que irá fabricar carros em Goiás. O anúncio foi feito pelo governador do estado, Marcone Perillo (PSDB), e pelo representante da marca no país, o empresário Sérgio Habib. De acordo com o comunicado, serão investidos R$ 200 milhões para a produção de dois modelos em cidade ainda a ser definida no interior do Estado. Segundo Habib, a nova planta irá gerar 820 empregos diretos e indiretos e a expectativa é que sejam produzidas até 35 mil unidades por ano.
Por conta da nova planta, a empresa enfrenta problemas com o governo da Bahia. O governador do estado, Rui Costa (PT), afirmou que procurará a JAC da China pessoalmente para informar que o grupo SHC causou prejuízos ao estado. “O que ele conseguiu lá em Goiás eu não sei, mas o que eu sei é que ele terá muito trabalho para materializar esse anúncio dele”, declarou Costa em entrevista ao periódico A Tarde.
Em 2011, a JAC prometeu investimento de R$ 900 milhões em fábrica que seria construída em Camaçari. A unidade fabril teria capacidade de produção de 100 mil veículos por ano. As obras seriam concluídas em 2014. Em troca, o governo da Bahia ofereceu à JAC isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), enquanto a União perdoou o Imposto sobre Importação (II) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A promessa não foi cumprida.
À época, procurada pela reportagem deste AutoPapo, a JAC Brasil informou que preferia não tecer comentários sobre o assunto.
R7