Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia: pesquisa revela os estados com as pessoas mais grosseiras no trânsito

No mês em que todo o país celebra o chamado Maio Amarelo, campanha por mais paz nas ruas e estradas, uma nova pesquisa traz dados que podem desanimar os habitantes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia: é neles onde se encontram as pessoas mais rudes do Brasil no trânsito, conforme dizem os próprios brasileiros.

As informações acabam de ser reveladas pela Preply, plataforma de idiomas que, recentemente, buscou investigar a comunicação entre condutores e pedestres de diferentes regiões e constata: em um contexto marcado pelo estresse e hostilidade no trânsito, 7 em cada 10 pessoas já presenciaram agressões verbais de outros motoristas ou transeuntes — violência essa da qual 40% da população também foi vítima direta ao menos uma vez.

Isso porque, para entender o comportamento nas ruas e avenidas de cada região, recentemente, respondentes de todos os estados foram indicados a compartilharem suas experiências envolvendo a violência no trânsito, entre os insultos mais ouvidos, a frequência com que ouvem comentários agressivos e as atitudes que tendem a estimular discussões e brigas.

Na opinião dos brasileiros, seriam três os estados com os condutores e pedestres mais gentis: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Intolerância no trânsito, uma experiência comum

Bate-bocas excessivos, gestos obscenos para lá e para cá, buzinas exageradas… se existe algo que o estudo conduzido pela Preply apenas reforça é como, independentemente da região, a impaciência segue sendo uma marca das ruas e estradas brasileiras — característica que faz com que, a cada hora, cinco pessoas morram no país em decorrência de brigas de trânsito, como destacam dados recentes do Ministério da Saúde (DataSus).

Das experiências compartilhadas pelos entrevistados pela Preply, diversas são aquelas que envolvem situações de hostilidade entre condutores e pedestres: para se ter uma ideia, por exemplo, 7 em cada 10 respondentes relataram já ter presenciado agressões verbais no trânsito, percentual que muda para 48,4% quando o assunto diz respeito a ver situações de agressão física — das quais já foram vítimas 8% dos ouvidos na pesquisa.

Palavrões fazem parte do linguajar de 46% dos brasileiros

Embora reconheçam a importância de trocas tranquilas durante um conflito no trânsito, boa parte dos entrevistados afirmam que isso nem sempre é possível, identificando problemas na própria comunicação com outras pessoas.

O uso de palavrões, por exemplo, foi apontado por 46% dos respondentes, que admitiram não dispensar termos de baixo calão para extravasar a própria irritação nas ruas e avenidas por aí. Para 6% deles, aliás, a linguagem chula não surge apenas vez ou outra em eventuais brigas, mas é algo que praticamente acompanha suas interações diárias com outras pessoas.

Recorrer a xingamentos, cabe dizer, ainda aparece entre as reações mais comuns ao se ouvir uma ofensa no trânsito, tendo em vista que retribuir insultos com novos palavrões foi eleito um dos principais comportamentos diante de uma discussão — mesmo com a maioria dos brasileiros enfatizando evitar qualquer tipo de confronto (64,4%) ou responder os “caça-briga” de maneira educada e calma (19,6%).

Entre gentis e mal-educados

Mas, afinal, em um país com tantas ocorrências de intolerância no trânsito, de que forma pessoas de regiões diferentes avaliam os condutores e pedestres de outros estados nos quesitos gentileza e falta de educação nas ruas? Ou melhor, haveria locais no Brasil onde os residentes demonstram ter maior paciência no trânsito, na contramão dos muitos “brigões” espalhados por aí?

Atestando que sim, existem diferenças regionais para o comportamento no trânsito, segundo os entrevistados, seriam três os estados com o maior número de pessoas rudes nas estradas: São Paulo (36,2%), Rio de Janeiro (20%) e Bahia (6,6%), que lideram o pódio dos comportamentos mais indelicados ao lado dos habitantes do Ceará (3,2%) e Pernambuco (3,2%).

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