Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Prefeitura apresenta projetos de educação climática voltados à infância em evento com foco na COP30

Três iniciativas da Prefeitura de Salvador ganharam destaque no evento internacional “Crianças e Ação Climática: Prioridades e Compromissos rumo à COP30”, realizado nesta sexta-feira (3), em Brasília. Foram apresentados o Projeto Defesa Civil nas Escolas (PDCE) e o Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) Mirim, ambos da Defesa Civil de Salvador (Codesal), além do Pátio Naturalizado, implantado no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) União da Boca do Rio.

 

Os projetos reforçam uma prioridade da gestão municipal frente aos impactos da crise climática e colocam a infância no centro das políticas públicas ambientais.

 

O encontro reuniu gestores públicos, representantes da sociedade civil, pesquisadores e lideranças ligadas à organização da COP30, que será realizada em Belém em novembro. O objetivo foi discutir estratégias de adaptação climática com foco nas crianças e adolescentes, público especialmente vulnerável aos eventos extremos provocados pelo aquecimento global.

 

Referência – Representando a gestão municipal, o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, participou do Painel 1: Infância e sistemas de educação no centro das estratégias de adaptação climática. Na oportunidade, ele apresentou as ações da Defesa Civil soteropolitana que se alinham à proposta do evento em destacar experiências de adaptação climática com a infância como prioridade.

 

“Não existe justiça climática sem justiça para a infância. As crianças de hoje herdarão o planeta que estamos construindo. Proteger o futuro delas é responsabilidade coletiva”, destacou Sosthenes. Segundo o diretor da Codesal, por serem mais abertas ao aprendizado, crianças compartilham com suas famílias os conhecimentos aprendidos em sala, contribuindo para ampliar as ações da Defesa Civil.

 

Entre os participantes do painel, também estavam Rebeca Otero, representante da Unesco no Brasil, Raquel Teixeira, secretária de Educação do Rio Grande do Sul, e Laís Fleury, líder de natureza do Instituto Alana.

 

“É significativo reforçar o compromisso de Salvador com a construção de políticas públicas voltadas à infância como parte essencial das estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas, promovendo partilha de saberes de autoproteção e soluções baseadas na natureza.”, apontou Sosthenes.

 

A primeira-dama de Salvador e coordenadora do Núcleo Especial de Apoio à Primeira Infância, Rebeca Cardoso, reforça a importância de garantir condições dignas para o desenvolvimento infantil. “Para uma criança crescer saudável, é preciso cuidar de aspectos cognitivos, emocionais, nutricionais e sociais. Não são palavras ao vento: a ciência comprova que, quando os direitos da infância são respeitados, a criança se desenvolve plenamente. Nosso compromisso é assegurar esses direitos”, aponta.

 

Projetos – O Nupdec Mirim forma grupos de crianças e adolescentes como multiplicadores em suas comunidades, com foco na prevenção de riscos e fortalecimento da cultura de proteção civil, enquanto o Projeto Defesa Civil nas Escolas promove a formação de estudantes da rede municipal em temas como prevenção de desastres, primeiros socorros e educação ambiental.

 

Implantado no CMEI União da Boca do Rio, o Pátio Naturalizado cria espaços de brincadeira integrados à natureza, utilizando troncos, árvores e plantas, que estimulam a criatividade, a saúde e o vínculo das crianças com o meio ambiente. Até o final da gestão Bruno Reis, serão implantados mais 100 pátios naturalizados em escolas do município.

 

COP30 e protagonismo infantil – O evento em Brasília foi promovido pela Pontifical Academy of Science (PAS), pela Pontifical Academy of Social Science (PASS) e pelo Instituto Alana, com apoio da presidência da COP30. A programação faz parte de uma série de encontros preparatórios inspirados no documento “Planetary Call to Action for Climate Change Resilience”, assinado em 2024 por líderes globais e pelo Papa Francisco.

 

Na abertura do evento, a presidente do Instituto Alana, Ana Lúcia Villela, lembrou que a mobilização em defesa da infância ganhou força após uma reunião com o Papa Francisco, que resultou em um documento pontifício em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. “Nosso objetivo é construir um mundo melhor para as crianças – e isso significa um mundo melhor para todos”, afirmou.

Fotos: Rebeca Omena

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