Salvador, 10 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Apresentações de projetos artístico-culturais revelam potencial criativo dos jovens baianos no Encontro Estudantil

A Arena Fonte Nova, em Salvador, está servindo de palco para os estudantes da rede estadual de ensino expressarem os seus talentos e habilidades artísticas durante o Encontro Estudantil da Rede Estadual de Educação da Bahia, que acontece até quinta-feira (11). São projetos artístico-culturais nas áreas de dança, música, artes plásticas, teatro, audiovisual, poesia, dentre outras formas de manifestações artísticas.

No palco principal do evento, as estudantes Ana Luiza Batista e Karina Rocha, do Colégio Estadual de Tempo Integral Professora Beatriz Barros, de Guanambi, arrancaram aplausos e gritos do público com a performance da coreografia “Silenciadas”, do projeto Dança Estudantil (Dance). “A coreografia foi criada no intuito de alertar as mulheres sobre o feminicídio, porque hoje em dia é algo muito recorrente. A dança foi a forma que encontramos para expressar esse silêncio. Através da representação com o corpo, mostramos que estamos sofrendo e sentindo aquilo que o homem está fazendo com a gente”, disse.

O estudante Manoel Antônio Pereira Neto, 18 ano, 3ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Maria Quitéria, em Gentio do Ouro, está expondo com os seus colegas o álbum patrimonial “Raízes do Quilombo”, que concorre no projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA). “Fizemos um resgate histórico sobre a comunidade remanescente quilombola Mato Grosso, devido à falta de interesse das pessoas mais jovens em saber sobre a história do local. O objetivo é valorizar a cultura da nossa cidade e trazer à tona a desigualdade social, o racismo ambiental e diversas outras coisas que estão presentes nesse cenário, mas que muitas vezes a gente não presta atenção”, explicou.

Percepção e interação

A estudante Maria Hevelly Santana, 18 anos, 3ª série do Ensino Médio, do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) Sertão Forte, em Euclides da Cunha, atraiu a atenção dos visitantes com a sua escultura “O Sofrimento de Gaia”, do Projeto Artes Visuais Estudantis (AVE). “Eu escolhi esse nome porque fala muito sobre a nossa relação tóxica com o meio ambiente, porque a gente só extrai e retribui muito pouco. Então, eu quis colocar alguns elementos que remetessem a isso. O nome vem da mitologia grega, pois Gaia era meio que a representação humana da mãe natureza, a mulher que dá origem à vida”, esclareceu.

Atenta à explicação de Maria Hevelly sobre o processo criativo de sua obra, a estudante Carla de Jesus, 17 anos, 2ª série do Ensino Médio, do Colégio Estadual de Tempo Integral do Junco, em Jacobina, revelou o que mais chamou a sua atenção na escultura. “Eu achei muito interessante a roupa e a barriga, que representa o planeta terra. É uma obra muito criativa e Maria está de parabéns”.

O Encontro Estudantil é realizado pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia e tem o patrocínio do Bahia Turismo.
Fotos: André Fofano/Douglas Amaral/ Emerson Santos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

unnamed (1)
Ex-zagueiro do Internacional, Bruno Saymon conclui Licença PRO da CBF Academy
Aos 38 anos, o técnico Bruno Saymon deu mais um importante passo na sua carreira. Ele concluiu a Licença...
unnamed
Dez meses após lesão, Rafaelson volta aos gramados com quatro gols em três jogos
Brasileiro naturalizado vietnamita, Rafaelson retornou aos gramados em alto nível. Após sofrer uma fratura...
Obra_Viaduto_Av_ACM__Fotos__Betto_Jr-4-1-1536x1024-1 (1)
Trânsito na Av. Tancredo Neves será alterado para avanço nas obras de viaduto
Um novo processo de içamento de vigas metálicas para a construção do Viaduto Antônio Linhares, na Av....
Foto-Juliano Sarraf
Cupons da Cesta de Natal podem ser retirados até esta quinta-feira
Os beneficiários têm até esta quinta-feira (11) para fazer a retirada do cupom da Cesta de Natal 2025....

Opinião

clube-da-esquina
Os sonhos não envelhecem: uma análise de “Clube da Esquina” e a resistência contra a Ditadura Militar