Salvador, 8 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Educadoras da rede estadual elaboram mapa que apresenta distribuição dos povos originários na Bahia

Com o objetivo de incentivar práticas pedagógicas que valorizem a história e a cultura dos povos originários, educadoras da rede estadual elaboraram uma representação cartográfica atualizada com a distribuição dos indígenas pela Bahia. O material visa alcançar interessados em educação, diversidade étnico-racial e cartografia crítica, além de ser utilizado como recurso pedagógico nas escolas.

Idealizado pela professora Érica Borges, da disciplina História e Cultura Indígena, Africana e Afro-Brasileira no Colégio Estadual Odorico Tavares, em Feira de Santana, o mapa surgiu a partir da inquietação dos estudantes. Durante as aulas, foi observado que os últimos mapas disponíveis datavam de 2008 e 2016, o que contrastava com os dados mais recentes do censo de 2022.

“Diante da inexistência de um novo mapa, estabelecemos contato com a diretoria de Políticas para Povos Indígenas, da Secretaria da Educação do Estado (SEC), que nos forneceu uma planilha oficial com dados atualizados sobre a presença dos povos indígenas na Bahia”, destacou Érica, mestranda do curso de pós-graduação em Ensino de História, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

A partir das informações, a professora de Geografia, Ythana Oliveira, do Colégio Estadual Lauro Farani, em Iaçu, ex-aluna da professora Érica, utilizou um software específico de geoprocessamento chamado QGis, que tem como função analisar as informações com a finalidade de oferecer à comunidade escolar uma ferramenta pedagógica.

“Com a tabela disponibilizada, uni os dados à estrutura da plataforma com os limites municipais da Bahia, disponibilizado pelo IBGE. Após a seleção dos municípios onde se localizam as comunidades, utilizei a Plataforma Visme, destinada para a composição gráfica, visando evidenciar as diferentes etnias e criar a legenda e demais partes da figura”, explicou Ythana, que atualmente cursa mestrado em Geografia, na Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Segundo a professora Érica, o material vai contribuir para que professores possam trabalhar pedagogicamente a realidade dos povos originários no território baiano. “Conseguimos atualizar o número de etnias que estava desfasado de 14 para os atuais 30 povos. E com a representação cartográfica, podemos estimular os estudantes a pesquisar a origem e cultura dos povos por meio da produção de cartilhas e outros materiais”, finalizou.

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