Salvador, 10 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Com requalificação, sede do Ilê Aiyê será um dos maiores equipamentos culturais da cidade e ponto de encontro global do povo negro

Foi publicada no Diário Oficial do Município, neste mês de setembro, a licitação para a contratação de empresa que irá reformar a sede do Ilê Aiyê, localizada na comunidade do Curuzu, no bairro da Liberdade. O valor global das obras é da ordem de R$5,68 milhões para a total requalificação do espaço físico, climatização, melhoria de acessibilidade, construção de sanitários PCD, substituição das instalações elétrica e hidráulica, compra de novos equipamentos, além de melhorias das condições da Escola Mãe Hilda.

 

O prazo para a execução dos serviços previsto no Edital de Concorrência é de 150 dias, a partir da data da assinatura da ordem de serviço, de acordo com o cronograma físico-financeiro. A estimativa da Superintendência de Obras Públicas (Sucop) é de que no dia 17 de outubro já sejam conhecidas as empresas que demonstraram interesse na realização das obras de requalificação.

 

O projeto da reforma da sede do Ilê Aiyê está sendo conduzido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). Para o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, é fundamental que as obras atendam a diversidade de ações culturais e sociais que são realizadas no espaço.

 

De acordo com Tourinho, o potencial e o simbolismo da sede do bloco afro podem fazer do local um dos equipamentos culturais mais importantes da cidade: “Após essas obras, o prédio da sede do Ilê Aiyê no bairro da Liberdade estará definitivamente credenciado como um dos maiores e mais importantes equipamentos culturais e sociais da cidade, como também como grande ponto global do povo negro. Além das obras de manutenção e telhados, iremos finalmente climatizar o espaço, que é uma demanda antiga da comunidade”, disse.

 

História e simbologia – A sede do Ilê Aiyê, que foi fundado em 1974, assume um papel social importante dentro da comunidade desde 2003. A Senzala do Barro Preto, como é conhecida, é um edifício de oito andares com espaço para as festas da Beleza Negra e as demais atividades de ensino e formação do grupo, que, além de música e dança, incluem cursos profissionalizantes e a Escola Mãe Hilda.

 

O Ilê Aiyê atua há cinco décadas na busca pelo empoderamento e representatividade da população negra e luta contra o preconceito racial, desempenhando um papel importante junto à comunidade soteropolitana.

 

Com a reforma, além de permitir que o edifício possa abrigar outras atividades, serão realizadas parcerias com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda para a oferta de cursos e capacitação, e com o Programa Cidade Mãe para atividades no contraturno dos estudantes das comunidades.

Fotos: Jefferson Peixoto/ Secom PMS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

unnamed (1)
Ex-zagueiro do Internacional, Bruno Saymon conclui Licença PRO da CBF Academy
Aos 38 anos, o técnico Bruno Saymon deu mais um importante passo na sua carreira. Ele concluiu a Licença...
unnamed
Dez meses após lesão, Rafaelson volta aos gramados com quatro gols em três jogos
Brasileiro naturalizado vietnamita, Rafaelson retornou aos gramados em alto nível. Após sofrer uma fratura...
Obra_Viaduto_Av_ACM__Fotos__Betto_Jr-4-1-1536x1024-1 (1)
Trânsito na Av. Tancredo Neves será alterado para avanço nas obras de viaduto
Um novo processo de içamento de vigas metálicas para a construção do Viaduto Antônio Linhares, na Av....
Foto-Juliano Sarraf
Cupons da Cesta de Natal podem ser retirados até esta quinta-feira
Os beneficiários têm até esta quinta-feira (11) para fazer a retirada do cupom da Cesta de Natal 2025....

Opinião

clube-da-esquina
Os sonhos não envelhecem: uma análise de “Clube da Esquina” e a resistência contra a Ditadura Militar