Salvador, 8 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Estudantes de Governador Mangabeira conhecem comunidades quilombolas em atividade de campo

Os estudantes do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Professor Edgard Santos, localizado no município de Governador Mangabeira, participaram, nesta terça-feira (23), de uma atividade de campo nas comunidades quilombolas de São Francisco do Paraguaçu, Santiago do Iguape e Engenho da Ponte, localizadas em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. A atividade teve o objetivo de colocar os estudantes em contato direto com a população local para entender as formas de organização social, econômica e cultural destes espaços, além de compreender como essas organizações possibilitam condições de protagonismo dos quilombolas neste território.

A realização da atividade se justifica pela concepção de estudo relacionada à Lei no 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana em todas as escolas da educação básica do país. O roteiro contemplou a visita à comunidade quilombola São Francisco do Paraguaçu e apreciação guiada das ruínas do Convento de São Francisco; visita à comunidade quilombola Santiago do Iguape; almoço e roda de conversa com a liderança da comunidade quilombola do Engenho da Ponte.

O professor de História Luís Carlos Borges falou do impacto da atividade no aprendizado dos estudantes. “A ideia foi demostrar para os estudantes a importância da presença negra nessa região, como os quilombos foram formados e como essas comunidades resistem até hoje, mantendo uma tradição e cultura. Nós almoçamos, por exemplo, no Engenho da Ponte, com a refeição feita pela comunidade e eles puderam refletir acerca de aspectos ligados à história e cultura afro-brasileira, sobretudo a partir da concepção de comunidades quilombolas”.

Para o estudante Eduardo Aranha, 16, a experiência de conhecer de perto as comunidades quilombolas foi enriquecedora. “Durante a atividade, foi possível aprender sobre a origem dos povos do nosso país e de como era a situação dos escravizados. Desta forma, fica mais fácil abordar os assuntos das matérias de humanas que tratam sobre isso, pois pudemos ver de perto como era a real situação dos quilombolas”, comentou.

O estudante Ícaro José da Conceição, 16, também gostou da atividade. “Nós tivemos a oportunidade de conhecer locais históricos e compartilhar outros pensamentos e ideias. O que eu achei mais interessante foi o fato das pessoas e das comunidades criarem suas próprias formas de obter renda e lucro. Fica muito mais fácil aprender quando podemos ter o contato visual”, afirmou.

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