Salvador, 7 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Iniciando trajetórias de acesso à cidadania: Emissão do RG se torna gratuito para públicos vulnerabilizados, como um passo para inclusão de todas e todos em políticas públicas na Bahia

Você já se perguntou qual o primeiro passo que um/a brasileiro/a precisa dar para iniciar a sua trajetória de acesso à cidadania e às políticas públicas destinadas à sua proteção? Se a sua resposta foi  “fazer os documentos”, acertou em cheio! O Registro Civil é um direito de todos e todas, garantido tanto pela Constituição Federal de 1988, quanto pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, e permite que as pessoas possam ser beneficiadas por políticas públicas específicas para as suas demandas sociais.
A Carteira de Identidade, também chamada de Registro Geral (RG), é uma das mais importantes ferramentas de inclusão. Principal documento de identificação do país, o RG passou a ser emitido totalmente gratuito para pessoas inscritas em programas sociais (federais, estaduais ou municipais), população em situação de rua e pessoas idosas na Bahia. A novidade vem após a sanção da Lei 14.731, no dia 06 de junho. A regra garante isenção na taxa de expedição do RG para os grupos prioritários citados.
A implementação da nova norma foi tema do encontro que ocorreu ontem, quarta-feira (19), no Ministério Público do Estado. Dentre os tópicos debatidos na reunião, destacaram-se os diálogos sobre os critérios que definem o público-alvo do programa e o fluxo de atendimento da população baiana para o acesso ao Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).
A atividade foi coordenada pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitoral (Caocife), representado pela Promotora de Justiça Aurivana Braga. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) integra esta construção, e foi representada por Maria Fernanda Cruz, que é coordenadora do Comitê de Registro Civil da Bahia e coordenadora de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos da pasta.
“Várias situações impediam essas pessoas de acessar esses direitos e, por isso, elas se viam sem condições de acessar outros direitos fundamentais, aos quais só se tem acesso devidamente identificado”, refletiu Maria Fernanda, reiterando que somente com a Carteira de Identidade é possível efetivar a inscrição nos programas sociais dos Governos Federal, Estadual e Municipais, como o ‘Bolsa Família’ e o ‘Minha Casa, Minha Vida’.
Além do Comitê Estadual de Registro Civil, MP e da SJDH, participaram da reunião representantes do Instituto Pedro Mello (IIPM); da Defensoria Pública do Estado (DPE); da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades); da Secretaria de Ação de Promoção Social e Combate à Pobreza de Salvador (Sempre); da Superintendência do SAC da capital e do interior, dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e da Associação dos Registradores Civis de Pessoas Naturais da Bahia (Arpen).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Betto Jr
Semob monta operação especial de transporte para a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia
A Secretaria de Mobilidade (Semob) irá realizar uma operação especial de transporte por conta da Festa...
Paripe
Paripe: homem é preso suspeito de tentar estuprar médica em unidade de saúde que fica ao lado de companhia policial
Um homem de 30 anos foi preso, na quinta-feira (4), suspeito de tentar estuprar uma médica, de 33 anos,...
Palco Nelson Rufino
Nova Orla de Pituaçu será inaugurada neste sábado (6) com lavagem, estátua de Nelson Rufino e show de Filhos de Jorge
A Prefeitura de Salvador inaugura oficialmente a Nova Orla de Pituaçu neste sábado (6), a partir das...
Ônibus elétrico no Centro Histórico
Semob amplia período de testes da linha experimental no Centro Histórico
A Secretaria de Mobilidade (Semob) ampliará o período de funcionamento da linha experimental criada temporariamente...

Opinião

clube-da-esquina
Os sonhos não envelhecem: uma análise de “Clube da Esquina” e a resistência contra a Ditadura Militar