Salvador, 8 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Prefeitura faz ativação de campanha de combate à violência contra as mulheres no Carnaval de Salvador

A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), realizou, nesta terça-feira (28), a ativação de mais uma iniciativa de combate à violência contra as mulheres no Carnaval de Salvador. A Campanha Tô Na Rua, Mas Não Sou Sua chega para fortalecer as ações já desenvolvidas por meio da política pública do Alerta Salvador, ao longo de todo o ano, para a proteção das mulheres no município.

 

A ativação da campanha foi feita no Wet’n Wild, na Avenida Luis Viana Filho (Paralela), durante um treinamento obrigatório para os vendedores ambulantes credenciados para o Carnaval 2025, em parceria com a Ambev. Os ambulantes receberam orientações sobre como ajudar na proteção à mulher e sobre como identificar situações de violência e denunciá-las. Além disso, em cada isopor haverá um adesivo alusivo à campanha, que tem o objetivo tanto de informar como de atuar no acolhimento.

 

“A campanha Tô na Rua, Mas Não Sou Sua vem para fortalecer ainda mais a nossa política pública do Alerta Salvador no combate à violência de gênero contra mulheres e fazer com que o nosso Carnaval seja um espaço de respeito, onde as mulheres saibam onde pedir ajuda e os homens saibam que o local de diversão é para todos e que a importunação não é aceita nesses espaços”, destaca a titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo.

 

A gestora explica que será feito um trabalho preventivo, de orientação, com dois Centros de Atenção à Mulher no Carnaval, atendendo e acolhendo o público feminino, com equipe psicossocial, articulada com os postos de saúde, com a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), com a Guarda Civil Municipal e com todos os órgãos municipais. “Esse é um chamado para fazer com que o nosso Carnaval seja mais inclusivo, mais respeitoso e um ambiente de diversão efetiva para as mulheres na nossa cidade”, pontua.

 

Os Centros de Referência e Atenção à Mulher no Carnaval estarão situados nos dois circuitos principais da folia: Dodô (Barra/Ondina) e Osmar (Campo Grande/Praça Castro Alves). O do Circuito Dodô ficará na Rua Professor Sabino Silva, no Chame-Chame, próximo ao Corpo de Bombeiros Militar da Bahia e o do Circuito Osmar ficará no Campo Grande, próximo ao Monumento ao 2 de Julho (estátua do Caboclo).

 

Atuação em rede – “Salvador mais uma vez sai na frente, trazendo um carnaval com um olhar de proteção à mulher, seja no sentido de prevenção, com informações sobre como proteger, como auxiliar a ter um suporte em caso de ajuda ou de violência, e também por meio de uma rede articulada do Município, juntamente com outros órgãos, a exemplo do Ministério Público, Defensoria Pública e da Polícia Civil, com o objetivo de dar o acolhimento e atendimento à mulher”, afirma a diretora de Políticas para Mulheres da SPMJ, Fernanda Maria Cerqueira.

 

Ela ressalta, ainda, a articulação da SPMJ com os órgãos e autarquias municipais, principalmente com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), com separação dos banheiros masculinos e femininos; a Guarda Civil Municipal (GCM), na prevenção e também com a disponibilização ágil de guarnições para as situações de violência; e com a Diretoria de Iluminação Pública (Dsip) da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Dsip/Semop), com o objetivo de que a cidade esteja mais iluminada.

 

“Isso é muito importante, porque a gente identifica, enquanto dado, que o Carnaval é uma festa feminina. A maioria das pessoas que vai para a folia é mulher. E há necessidade, sim, de termos esse olhar de proteção e cuidado, afinal a mulher está na rua, mas não é de ninguém. Ela é uma foliã, precisa estar em um espaço seguro e precisa se divertir”, acrescenta Fernanda Cerqueira.

 

Observatório – O Carnaval de Salvador também conta com o Observatório da Discriminação Racial, LGBT e Violência contra a Mulher, que mantém atuação contínua, todos os dias da folia, fazendo um mapeamento e registro das ocorrências de violência contra as mulheres. Pioneiro no Brasil, o observatório é coordenado pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur) e pela SPMJ, com o objetivo de construir indicadores que sejam utilizados como subsídios para a formulação e implantação de políticas públicas.

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