Salvador, 8 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Prefeitura promove oficina de fotografia para comunidade surda

A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), promoveu, na tarde desta quarta-feira (2), uma oficina de fotografia voltada para a comunidade surda. O encontro ocorreu no auditório Makota Valdina, localizado na Casa das Histórias de Salvador, no bairro do Comércio. A atividade foi direcionada a pessoas interessadas em aprender a fotografar utilizando o celular.

 

A oficina foi conduzida pela fotógrafa Anastácia Flora, que destacou a proposta do encontro como uma forma de estimular o olhar dos participantes para a cidade e seu cotidiano. “A oficina é uma provocação para o público que vem para fazermos o exercício do olhar, pensando que a gente utiliza bastante o celular como essa ferramenta múltipla. A ideia é que a gente observe mais a cidade de uma outra maneira, vendo beleza na cidade mesmo na correria do dia a dia”, explicou a educadora.

 

“A intenção é que a gente utilize o celular para fazer os registros. Então, entendo que, para ser um profissional, tem que ter uma ferramenta mais adequada, mas também acredito que, para além da técnica, o que interessa na fotografia é o olhar e o que você quer registrar, o sentido da imagem. A gente vai conversar sobre isso”, acrescentou Anastácia.

 

Segundo ela, a parte prática da oficina foi realizada nas janelas do prédio e no terraço, onde os participantes puderam “experimentar diferentes técnicas fotográficas”. Durante a atividade, foram apresentados elementos e métodos. O programa educativo contou com a presença de intérpretes de Libras.

 

Inclusão – De acordo com a coordenadora educativa da Casa das Histórias, Camila Carmo, todas as atividades realizadas no espaço são planejadas para atender diferentes públicos. “O programa educativo da Casa das Histórias e Galeria Mercado tem como pauta a acessibilidade, diversidade e inclusão. Então, em todas as nossas atividades, a gente tem o cuidado de atender a comunidade surda, o público TEA, o público neurodivergente”, contou.

 

“Pensando na oficina de fotografia, a atividade tem uma relação com o audiovisual, e a comunidade surda dialoga diretamente com a imagem. A gente mobilizou eles para estarem presente, a fim de movimentar e fomentar essas ações junto com a cidade”, completou Camila.

 

Um dos participantes da oficina foi o ator Elenilson Soares. Surdo, ele teve sua fala traduzida por uma intérprete durante o evento. “O meu objetivo com essa oficina é entender a importância da fotografia. Há muito tempo, não existiam esses espaços. Pessoas surdas, cegas, cadeirantes acabavam não tendo contato com as pessoas. Hoje, nessa oficina, eu pude ver a inclusão acontecendo de fato”, afirmou.

Fotos: Otávio Santos/ Secom PMS

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